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Consultoria vendeu US$ 200 mi na Europa com deságio de 50%
DA REPORTAGEM LOCAL
O consultor Davide Marconi,
sócio da TM Institutional Advisory, empresa com sede em Lugano e em Dublin, afirma que já
conseguiu colocar US$ 200 milhões em precatórios brasileiros no mercado europeu.
Marconi, que atua com o escritório paulista Innocenti, intermediou a venda de precatórios não-alimentares federais e
paulistas para fundos e gestores de fortunas europeus, com
deságio médio de 50%.
Desde que o Brasil conseguiu
o grau de investimento, o consultor estrutura operações com
precatórios para vender a fundos de pensão europeus.
"Precatório é uma coisa que
só existe no Brasil. A maior dificuldade é explicar [ao investidor europeu] que não é um bônus nem um título normal de
dívida. O mais simples de ser
entendido é o precatório federal não-alimentar, que tem
vencimento certo. Os deságios
estão caindo. Já é difícil comprar um bom crédito por menos de 65% [do valor]", disse.
Pioneira na negociação de
precatórios, a carioca Polo Capital formou, no ano passado, o
primeiro fundo do setor, que
recebeu um precatório securitizado de R$ 100 milhões do Estado do Espírito Santo, que será
pago em dez anos.
Marcos Duarte, sócio da Polo, não acredita que os precatórios brasileiros tenham potencial para ocupar o vácuo deixado pelos títulos "subprime". O
motivo, segundo ele, é que só os
beneficiários com a "corda no
pescoço" vendem os papéis.
"Quando fiz o fundo, achei
que teria um mercado ativo,
mas isso não aconteceu. O interesse por coisas esquisitas está
diminuindo e isso pega em
cheio o mercado de precatórios. Grande parte dos credores
é formada por empresas multinacionais que não vão vender
os precatórios com as taxas de
desconto pedidas. Elas preferem esperar pelo pagamento.
Você vê muitas possibilidades,
mas pouca coisa de fato acontecendo."
(TS)
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