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Pessoas físicas demonstram ter sangue-frio
DA REPORTAGEM LOCAL
O investidor pessoa física
tem demonstrado sangue-frio neste momento de fortes
perdas registradas na Bolsa
de Valores de São Paulo, que
acumula desvalorização de
11% apenas neste mês.
O balanço de operações da
Bolsa paulista mostra que o
investidor pessoa física tem
mantido e mesmo ampliado
sua posição no mercado
acionário neste momento de
perdas consideráveis.
O saldo das operações feitas por essa categoria de investidores está positivo em
R$ 3,73 bilhões no mês, até o
dia 18. Ou seja, a pessoa física
mais comprou do que vendeu ações neste período crítico vivido pelo mercado.
Já o investidor estrangeiro
tem agido em sentido contrário, influenciando a queda
da Bovespa. A categoria mais
vendeu do que comprou
ações no valor de R$ 6,39 bilhões no período. Como a categoria responde por aproximadamente 35% do total
movimentado na Bovespa, a
saída de capital externo acaba por ser um fator que prejudica consideravelmente o
desempenho do mercado
acionário doméstico.
O investidor institucional
(como fundos de pensão),
outra categoria de forte peso
nas negociações da Bolsa, registra saldo positivo de R$
2,28 bilhões em suas operações neste mês.
Com a Bolsa atravessando
um momento ruim de um lado, e os juros em processo de
elevação do outro, é difícil
prever até quando a pessoa
física irá manter suas aplicações em ações.
No ano, o índice Ibovespa,
o mais relevante da Bolsa e
que reúne as 66 ações mais
negociadas, está com valorização de apenas 1,14%.
Os fundos de renda fixa e
os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) registram
rentabilidade média superior a 5% em 2008. A poupança rendeu até o momento
2,99% a seus aplicadores.
(FABRICIO VIEIRA)
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