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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Mercado se divide sobre decisão do Copom
A reunião de hoje do Copom
pode ser uma das mais difíceis
dos últimos tempos. O mercado está dividido em relação à
decisão. Há quem espere uma
alta de 0,5 ponto percentual,
mas existe também a expectativa de um avanço de 0,75 ponto.
O departamento de pesquisas e estudos econômicos do
Bradesco aposta em um aumento de 0,75 na Selic, que está
em 12,25% ao ano. O banco argumenta que as elevações de
preços no atacado não foram
ainda repassadas ao varejo.
Outro argumento do Bradesco a favor do maior aperto monetário é que o recuo dos preços das principais commodities
não pode ser considerado uma
tendência. Uma das principais
preocupações é com a cotação
do aço, que tem grande abrangência na cadeia de bens duráveis e cuja demanda cresce.
A instabilidade do preço do
petróleo também é motivo de
cuidado porque a cotação está
sujeita às pressões geopolíticas
e às conseqüências do período
de furacões no golfo do México.
O banco também diz que os
sinais de moderação no crescimento econômico são tímidos
e que os ritmos de expansão do
crédito e do mercado de trabalho continuam fortes.
"O principal desequilíbrio
macroeconômico brasileiro
mantém-se: a demanda cresce
em ritmo muito superior ao da
oferta", afirma o relatório do
Bradesco.
Já a consultoria LCA afirma
que o mais provável é o que
Banco Central aumente em 0,5
ponto percentual a taxa de juros na reunião de hoje. Segundo a consultoria, essa seria a decisão mais coerente com os recentes comunicados do Banco
Central, em que reafirma a intenção de manter a atual estratégia da política monetária.
A análise da LCA é que a moderação dos aumentos nos preços do petróleo e de outras
commodities e os resultados da
inflação brasileira -que mostram recuo da alta de preços em
junho- sugerem que o pior da
pressão inflacionária esteja
prestes a ser superado.
CAMINHO DAS PEDRAS
Com a restrição à circulação de veículos pesados em São
Paulo, cresceu o movimento de vans e veículos menores no
transporte de mercadorias na cidade, diz o Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região). Francisco Pelucio, presidente da entidade, afirma que
a alternativa, desde o início da imposição, foi contratar autônomos com veículos menores e manter parte da frota parada. Pelucio afirma que os intervalos permitidos não são suficientes para o transporte. O Setcesp vai receber Geraldo
Alckmin (PSDB), no dia 29, Gilberto Kassab (DEM), em 12
de agosto, e Marta Suplicy (PT), no dia 16 de setembro, para
falar sobre propostas para o abastecimento em São Paulo.
GALOPE
O volume negociado pelas
companhias listadas no novo mercado da Bolsa atingiu
R$ 28,05 bilhões em junho
-23,76% do mercado à vista. Para discutir o tema, cem
companhias desse mercado
participam de almoço realizado pela BM&F Bovespa na
sexta em São Paulo.
EM OBRA
O Instituto Acende Brasil
organiza, em 25 de agosto,
em São Paulo, o fórum "O
Homem e a Usina". O objetivo é discutir a construção do
empreendimento, as conseqüências para as populações
afetadas pela obra, qualidade de vida, geração de renda
e ambiente.
DE GRÃO EM GRÃO
O volume de compras parceladas sem juros no 1º semestre subiu 23% em cinco
anos e superou, pela primeira vez, a metade do total faturado pela indústria de cartões no período. O dado está
em "A Evolução do Cartão
no Acesso ao Crédito", que a
Itaucard apresenta hoje.
COMITIVA
Uma delegação do Conselho de Competitividade dos
EUA, composta por empresários e acadêmicos, reúne-se hoje em Brasília com a
ABDI, do governo federal, e
com o MBC (Movimento
Brasil Competitivo) para para fortalecer parcerias bilaterais na área de inovação.
MERCADO AQUECIDO: NOVOS CONTRATOS DE LEASING AUMENTAM 68% EM MAIO
Os novos negócios de leasing totalizaram R$ 6,972 bilhões
em maio, resultado 68% superior ao do mesmo mês de 2007.
O VPC (Valor Presente da Carteira) teve saldo de R$ 85,230
bilhões no mês, avanço de 107,28% em relação a maio de
2007 e 4,65% comparado a abril de 2008. Os contratos com
pessoas físicas somaram R$ 4,939 bilhões (71% do total),
contra os R$ 2,034 bilhões com pessoas jurídicas. Os veículos são os bens mais negociados, com 88% do montante.
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI
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