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custos
Sucessor de Teixeira recebeu R$ 4,4 milhões
MARINA GAZZONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário Marco
Antonio Audi admitiu que
a VarigLog pagou R$ 4,4
milhões (o equivalente hoje a US$ 2,8 milhões) ao
escritório Thiollier para
representar a empresa na
ação de dissolução societária da Volo, controladora da VarigLog, movida pelos sócios brasileiros contra o fundo Matlin Patterson. Para Audi, o valor é
baixo.
"É uma briga de R$ 1 bilhão, se somar todos os
processos. Se você pensar
que gastou 0,5% do valor
de uma briga [com advogados], verá que não é nada."
O empresário afirma
que investiu no gasto com
advogados para enfrentar
o Matlin, representado pelo escritório Teixeira Martins, de Roberto Teixeira,
amigo de Lula.
"Iam acabar quebrando
a empresa se não adotássemos os melhores advogados", diz.
No começo do mês, Audi
afirmou que pagou US$ 5
milhões ao escritório de
Roberto Teixeira para que
ele resolvesse os problemas relacionados à aquisição da VarigLog pela Volo
do Brasil. Já Teixeira admite ter recebido US$ 3,2
milhões pelo trabalho.
Se o trabalho do escritório Teixeira Martins foi intermediar um negócio que
culminou na venda da Varig para a Gol por US$ 320
milhões, como afirma Audi, o honorário de US$ 3,2
milhões -equivalente a
1%- saiu bem barato.
Qualquer banco de investimento que atua em
fusões e aquisições teria
pedido entre 3% e 5%.
O escritório Teixeira
Martins nega que seu papel tenha sido o de intermediador e diz que o trabalho foi construir o "arcabouço jurídico".
Por esse trabalho, os
grandes escritórios cobram por hora, sendo que
os sócios recebem entre
R$ 800 e R$ 1.200 por hora. Contando que o trabalho consumiu oito horas
diárias de três sócios
-Teixeira, Valeska e Cristiano Martins- durante
14 meses, os honorários
máximos teriam chegado
a R$ 8 milhões.
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