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Mercado já espera IPCA acima de 6% no ano
Centro da meta é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais; expectativa aumenta pela 13ª semana seguida
Sete dias antes, projeção
reunida pelo Banco Central
estava em 5,8%; para 2009,
previsão para IPCA também
sobe, de 4,63% para 4,78%
FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
Economistas e analistas do
mercado financeiro aumentaram novamente suas previsões
para a inflação em 2008, segundo o relatório Focus do Banco
Central. A expectativa para o
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta de inflação, subiu pela
13ª semana seguida e deve fechar o ano a 6,08%.
Se confirmado, o indicador
ficaria acima do centro da meta
de inflação, que é de 4,5%. Na
semana passada, a projeção era
de 5,8%. Para 2009, a previsão
subiu de 4,63% para 4,78%.
A expectativa em relação a
outros índices de inflação em
2008 também teve alta. O
maior destaque foi o IGP (Índice Geral de Preços), que serve
de base para o reajuste de aluguéis e tarifas. A projeção para
o IGP-DI (Disponibilidade Interna) subiu de 9,96% para
11,02%; o IGP-M (Mercado), de
10% para 10,36%; e o IPC (Índice de Preços ao Consumidor)
da Fipe, de 5,52% para 5,79%.
Em relação aos juros, a previsão de que a taxa básica de juros
termine 2008 em 14,25% ao
ano foi mantida.
No início do mês, o Copom
(Comitê de Política Monetária
do BC) aumentou a taxa básica
de juros de 11,75% para 12,25%
ao ano. Na ata da reunião, os diretores do BC dizem que continuarão aumentando os juros
"enquanto for necessário".
O mercado espera um aumento para 12,75% na reunião
do Copom de julho; para
13,25% na reunião de setembro; para 13,75% em outubro; e
para 14,25% em dezembro.
A previsão de crescimento do
PIB (Produto Interno Bruto) se
manteve em 4,8% para 2008 e
4% para 2009 -ambas abaixo
da projeção oficial de 5%.
A projeção para o dólar em
2008 caiu de R$ 1,70 para R$
1,68. Para 2009, foi de R$ 1,77.
A previsão do saldo da balança comercial em 2008 caiu de
US$ 23,35 bilhões para US$ 23
bilhões. Para 2009, de US$
15,61 bilhões a US$ 15 bilhões.
Contas externas
Caíram as expectativas de investimentos estrangeiros diretos, de US$ 34,15 bilhões para
US$ 34 bilhões em 2008. Para
2009, foi mantida a previsão de
US$ 30 bilhões.
Foi mantida ainda a projeção
para a relação dívida/PIB, em
41,10%, e no saldo em conta
corrente, com resultado negativo de US$ 23 bilhões em 2008.
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