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Meirelles prevê inflação na meta em 2009
RAFAEL CARIELLO
DE LONDRES
Sem fazer previsões para
este ano, o presidente do
Banco Central, Henrique
Meirelles, disse ontem que
as expectativas de inflação já
"convergem para o centro da
meta em 2009 e 2010, e estão
abaixo do centro da meta para 2011 e 2012", como resultado das recentes elevações
da taxa básica de juros.
"As condições monetárias
se tornaram mais rígidas
desde o início do ano, e os resultados se tornarão mais
claros no tempo devido, considerados os intervalos
usuais de transmissão monetária para os preços", disse
Meirelles num almoço da
Câmara de Comércio Brasileira na Grã-Bretanha.
Sobre a subida dos preços
neste ano, ele disse que "a inflação aumentou no Brasil
no passado recente, como
em quase toda parte, passando de 3% no final de 2006 para 5,6% em maio último, acima da meta central de 4,5%,
mas ainda dentro da margem
de dois pontos percentuais".
Ele afirmou ainda que uma
esperada desaceleração moderada da economia mundial
não deve causar impactos
maiores no PIB do país, insistindo ao longo do discurso
que "o atual curso de crescimento é explicado pela demanda interna".
Mas alertou que a maior
"resistência" da economia
brasileira a mudanças no cenário internacional "não significa imunidade total". "O
Brasil está, é claro, completamente integrado à economia
mundial e iria inevitavelmente sofrer as conseqüências de uma redução de atividade mais severa, porém de
maneira bem mais amena do
que costumava ocorrer."
Questionado sobre o impacto da plantação de cana-de-açúcar para a produção
de álcool nos preços dos alimentos, destacou o aumento
da renda e o consumo maior
de alimentos em países como
Brasil, China e Índia como
uma das causas para o fenômeno. Disse que é preciso diferenciar o impacto no cultivo e nos preços dos alimentos causado pelo álcool da cana-de-açúcar daquele produzido a partir do milho.
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