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Cyrela paga R$ 1,5 bi pela Agra e amplia liderança
Incorporadoras terão R$ 30 bi em estoque de terrenos
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
Maior incorporadora do país,
a Cyrela Brazil Realty vai pagar
cerca de R$ 1,5 bilhão pela Agra
Empreendimentos Imobiliários. Pelo acordo, selado no final de semana, cada ação da
Agra vai ser paga com 0,425 papel da Cyrela. "É a primeira
consolidação do setor imobiliário entre empresas de capital
aberto", afirmou Luís Largman, diretor de Relações com
Investidores da Cyrela.
O valor representa um prêmio de 18% sobre a cotação média das ações da Agra nos últimos 60 dias, mas chega a 48%
se for considerado o preço dos
papéis apenas na sexta-feira.
Juntas, as incorporadoras terão estoque de terrenos avaliado em R$ 30 bilhões e um VGV
(Volume Geral de Vendas) com
lançamentos neste ano de R$
10 bilhões com parceiros -65%
são exclusivos das empresas.
Os acionistas da Agra terão
13,5% dos papéis da Cyrela,
sem considerar nessa conta os
19% que a Cyrela tinha do capital da Agra. Antes do IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) da Agra, em abril
do ano passado, esse montante
era de 42,5%. A previsão é que
em agosto a empresa deixe de
ser listada na Bovespa.
Marca
Segundo Luiz Roberto Horst,
presidente da Agra, ainda não
foi decidido se a marca será
mantida em um segmento ou
região ou se vai desaparecer.
A Cyrela, que já era a maior
empresa do mercado imobiliário no segmento de empreendimentos residenciais do país, está presente em 17 Estados, com
liderança no Sudeste. Agora
passa a ter destaque também
no Nordeste, com a incorporação do estoque de terrenos de
R$ 11 bilhões da Agra -sendo
40% nessa região. Dos R$ 2,1
bilhões de potencial de vendas
dos lançamentos deste ano da
Agra, Salvador responde por
cerca de R$ 500 milhões.
Além dos ativos, a Cyrela
também incorporou a equipe
de executivos da Agra.
Os papéis da Agra subiram
31,78% ontem na Bolsa de Valores de São Paulo, fechando a
R$ 8,50. Já os da Cyrela terminaram o dia a R$ 21,89, com
queda de 2,49%.
Para Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp (Empresa
Brasileira de Estudos de Patrimônio), o momento é propício
para o negócio devido ao "superaquecimento" do mercado
imobiliário brasileiro.
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