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COMÉRCIO INTERNACIONAL
Avançam negociações para destravar a Rodada Doha
MARCELO NINIO
DE GENEBRA
Depois de ameaçar deixar
a mesa de negociações, o
Brasil aceitou ontem, em nome do Mercosul, uma fórmula para que as uniões aduaneiras possam adotar flexibilidades nos cortes de tarifas
previstos na Rodada Doha,
protegendo certos setores de
sua indústria.
O tema mergulhou num
grave impasse nos últimos
dias na reunião de 12 países
convocada pelos Estados
Unidos para tentar destravar
as negociações sobre produtos industriais e serviços. O
Brasil insistia em que fosse
mantida a fórmula proposta
pelo mediador, o embaixador canadense Don Stephenson, na qual uniões aduaneiras poderiam proteger até
14% de suas linhas tarifárias.
Alguns países ricos, encabeçados pelos EUA, discordaram do cálculo, afirmando
que o Brasil e os demais
membros do Mercosul se beneficiariam de uma cota extra de proteção, podendo fechar setores estratégicos inteiros às importações. Com a
intervenção do diretor-geral
da OMC (Organização Mundial do Comércio), Pascal
Lamy, economistas da entidade elaboraram fórmulas
de flexibilidade que foram
propostas aos países. Uma
delas pôs fim ao impasse.
"O caminho ficou mais livre para uma [reunião] ministerial", disse Roberto Azevedo, principal negociador
do Brasil na Rodada Doha.
Ele não quis revelar qual foi a
fórmula do consenso, mas
afirmou que ela garante a
proteção que o Mercosul exigia para sua indústria.
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