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Indústria do plástico diz que não resistirá
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Parte da indústria de
transformação do plástico
pode desaparecer nos próximos meses vítima da alta
do petróleo. Hoje, os 11,2
mil transformadores faturam R$ 36 bilhões por ano.
O alerta foi feito ontem pelo presidente da Abiplast
(Associação Brasileira da
Indústria do Plástico),
Merheg Cachum. Segundo
ele, o setor enfrenta o descasamento entre o custo
da matéria-prima (a resina) e a remuneração do
produto acabado.
Nos últimos 12 meses,
algumas resinas tiveram
reajuste superior a 40%,
enquanto o repasse para
os produtos finais não passou de 20%. As resinas
produzidas por empresas
como Braskem e Quattor
(resultado da fusão entre
Suzano Petroquímica e
Unipar) são a base de uma
série de produtos.
"De um lado, as petroquímicas impõem novos
preços e, de outro, os grandes clientes não aceitam o
repasse", diz Cachum.
Os transformadores
querem que o governo reduza para zero a alíquota
de importação de resinas,
hoje em 14%. Segundo a
Abiplast, o preço do produto brasileiro é, em média, US$ 500 por tonelada
mais caro do que no mercado internacional.
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