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Maiores financeiras podem cortar 175 mil vagas até 2009
DA BLOOMBERG
As maiores empresas financeiras mundiais deverão fechar
até 175 mil postos de trabalho
até este período do ano que
vem, em um momento em que
o Citigroup e outros bancos demitem funcionários em meio à
queda da receita e ao lançamento de bilhões em baixas
contábeis, segundo empresas
de recrutamento de executivos.
As financeiras anunciaram
planos de cortar mais de 83 mil
vagas desde julho do ano passado, segundo levantamento da
reportagem. Com mais funcionários sendo afastados, as reduções deverão ultrapassar as
causadas pela "bolha da internet", entre 2000 e 2003, quando as ações tecnológicas entraram em colapso, disseram as agências de recrutamento.
"O pior ainda está por vir",
disse Russ Gerson, diretor da
empresa de recrutamento Gerson Group. "Haverá contração
de grande proporção, afetando
todas as áreas do universo de
operações de banco de investimento e em termos globais."
Os episódios de inadimplência e os casos de execução de hipoteca por falta de pagamento
levaram empresas a ter quase
US$ 400 bilhões em baixas
contábeis e prejuízos com empréstimos. O Citigroup, maior
banco dos EUA em ativos,
anunciou mais de 13 mil demissões, cerca de 4% do quadro
mundial. A folha de pagamento
da empresa pode encolher
mais, segundo o plano do banco
de enxugar a divisão de transações e de banco de investimentos em 10%, disse uma pessoa
familiarizada com a questão.
"Nos serviços financeiros, essa é a pior situação de que tenho lembrança", disse John
Challenger, principal executivo
da empresa de recolocação
Challenger, Gray & Christmas.
"Não há fluxo de negócios. Não
é necessário tantas pessoas."
As fusões e aquisições somaram mais de US$ 1,5 trilhão
neste ano, queda de 33% em relação a 2007, diz a Bloomberg.
De 2000 a 2003, o corte atingiu 17% dos empregos do setor
bancário e de corretagem de
Nova York, disse o Departamento de Estatística do Trabalho dos EUA. A nova rodada deve alcançar até 40%, disse Gary Goldstein, presidente do conselho administrativo da empresa de recrutamento para o setor
financeiro Whitney Group.
"Elas vão acordar um dia e
perceber que foram fundo demais e que agora esses negócios
voltaram e elas não têm ninguém para tocá-los."
O Bear Stearns, de Nova
York, está eliminando mais de
9.000 postos de trabalho (66%
dos funcionários), após ser adquirido pelo JPMorgan Chase.
O suíço UBS anunciou 7.000
demissões, e o Lehman Brothers cortou 6.300 vagas.
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