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Governo do Rio quer privatizar Berj até novembro
DA SUCURSAL DO RIO
O governo do Rio de Janeiro
pretende privatizar o Berj
(Banco do Estado do Rio de Janeiro) até novembro. O Berj é
fatia remanescente do Banerj,
comprado pelo Itaú em 1997. O
governo apresentou dados do
balanço do banco, que foi auditado pela Pricewaterhouse
Coopers, e publica ainda nesta
semana fato relevante sobre a
intenção de vender o banco. O
objetivo do governo é usar os
recursos para investir em infra-estrutura.
Em 2006, o governo tentou
vender o Berj com um lance mínimo de R$ 738,5 milhões, mas
não houve proposta. Na época,
Itaú, Bradesco e Unibanco se
habilitaram para poder participar do leilão.
O secretário de Fazenda do
Rio, Joaquim Levy, não citou
qual pode ser o lance mínimo
para a nova tentativa de venda,
mas acredita que o quadro seja
muito diferente do de 2006.
"A principal mudança foi a
preparação para a venda, além
do grau de transparência. Estamos confiantes na venda", afirmou ele.
Em setembro será realizada
audiência pública. Depois disso
será publicado o edital com o
preço mínimo. Na avaliação do
secretário, o Berj pode ser um
negócio atraente para os bancos. Isto porque eles poderão
pegar o prejuízo fiscal registrado pelo Berj e abater do Imposto de Renda.
O balanço indica prejuízos
fiscais da ordem de R$ 3 bilhões. "Talvez nenhum banco
consiga usar esse prejuízo de
uma vez só, mas pode ir utilizando uma parcela a cada ano",
afirmou Levy.
Em 2007, houve uma melhora no patrimônio líquido, que
passou de R$ 226 milhões negativos em 2006 para R$ 83 milhões positivos com a entrada
de precatórios federais que somam R$ 242 milhões, a equivalência patrimonial do investimento na Empresa Brasileira
de Soldas Elétricas e a redução
do passivo necessário para o
ajuste na contabilização de
ações na Justiça.
O Berj teve lucro de R$ 104
milhões em 2007, depois de registrar prejuízo de R$ 163 milhões em 2006. Segundo Levy,
a mudança foi resultado da reavaliação dos ativos e passivos
do banco em preparação ao
processo de venda da instituição. O Berj tem hoje 43 funcionários e, entre outros itens,
uma carteira de crédito imobiliário, além de 797 imóveis que
equivalem a R$ 335 milhões.
(JL)
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