São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2008

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Governo do Rio quer privatizar Berj até novembro

DA SUCURSAL DO RIO

O governo do Rio de Janeiro pretende privatizar o Berj (Banco do Estado do Rio de Janeiro) até novembro. O Berj é fatia remanescente do Banerj, comprado pelo Itaú em 1997. O governo apresentou dados do balanço do banco, que foi auditado pela Pricewaterhouse Coopers, e publica ainda nesta semana fato relevante sobre a intenção de vender o banco. O objetivo do governo é usar os recursos para investir em infra-estrutura.
Em 2006, o governo tentou vender o Berj com um lance mínimo de R$ 738,5 milhões, mas não houve proposta. Na época, Itaú, Bradesco e Unibanco se habilitaram para poder participar do leilão.
O secretário de Fazenda do Rio, Joaquim Levy, não citou qual pode ser o lance mínimo para a nova tentativa de venda, mas acredita que o quadro seja muito diferente do de 2006.
"A principal mudança foi a preparação para a venda, além do grau de transparência. Estamos confiantes na venda", afirmou ele.
Em setembro será realizada audiência pública. Depois disso será publicado o edital com o preço mínimo. Na avaliação do secretário, o Berj pode ser um negócio atraente para os bancos. Isto porque eles poderão pegar o prejuízo fiscal registrado pelo Berj e abater do Imposto de Renda.
O balanço indica prejuízos fiscais da ordem de R$ 3 bilhões. "Talvez nenhum banco consiga usar esse prejuízo de uma vez só, mas pode ir utilizando uma parcela a cada ano", afirmou Levy.
Em 2007, houve uma melhora no patrimônio líquido, que passou de R$ 226 milhões negativos em 2006 para R$ 83 milhões positivos com a entrada de precatórios federais que somam R$ 242 milhões, a equivalência patrimonial do investimento na Empresa Brasileira de Soldas Elétricas e a redução do passivo necessário para o ajuste na contabilização de ações na Justiça.
O Berj teve lucro de R$ 104 milhões em 2007, depois de registrar prejuízo de R$ 163 milhões em 2006. Segundo Levy, a mudança foi resultado da reavaliação dos ativos e passivos do banco em preparação ao processo de venda da instituição. O Berj tem hoje 43 funcionários e, entre outros itens, uma carteira de crédito imobiliário, além de 797 imóveis que equivalem a R$ 335 milhões. (JL)


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