São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

SEM ALÍVIO
O mercado de trigo inicia a semana em baixa. Para os principais produtores, como Estados Unidos, Austrália e Argentina, a possibilidade de chuvas dá alívio aos agricultores e aumenta as perspectivas de produção, mas os preços recuam.

COM PESADELO
Já no Brasil, a safra de trigo foi boa e está sendo colhida. As ofertas externa e interna derrubam os preços, que, em algumas áreas, já recuam para R$ 24,30 por saca, bem abaixo dos valores do período de plantio. Em média, os preços praticados estão em R$ 28,42, com queda de 25% nos últimos 30 dias, mostra pesquisa da Folha.

PESO PARA O PRODUTOR
A perda de produtividade na safrinha de milho no Paraná não foi tão grande como a prevista, segundo a consultoria Céleres. Bom para o produtor, que vai colher mais. Mas essa maior oferta pode derrubar ainda mais os preços e adiar as compras internas.


RITMO MENOR
As receitas com soja começam a cair neste mês, em relação às de julho, mas ainda são bem superiores às de igual período de 2007. Nos cálculos da Secex, as receitas médias diárias deste mês atingem US$ 94 milhões, 24% abaixo das de julho, mas ainda 69% acima das de agosto de 2007.

FALTAM DIAS QUENTES
A safra de grãos dos EUA ainda precisa de mais dias quentes para um bom desenvolvimento. Atraso no plantio e temperaturas abaixo do normal têm impedido esse crescimento. Em Iowa, apenas 13% do milho está na fase de formação de grãos, contra média de 53% nos últimos cinco anos.

EM QUEDA
Após uma semana de reajustes, o açúcar inicia a semana com preços em queda. A saca de 50 quilos do açúcar cristal foi negociada ontem a R$ 29,27 no Estado de São Paulo, com queda de 0,37% em relação a sexta-feira, conforme acompanhamento de preços do Cepea.

POUCOS NEGÓCIOS
O mercado físico de açúcar, apesar da evolução dos preços na semana passada, esteve praticamente parado, com poucos negócios, "mas com diferenciais muito abertos, o que demonstra a falta de apetite por parte das tradings e dos importadores", disse Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting.

SALDO MAIOR
A recuperação dos preços internacionais do açúcar neste ano dá mais fôlego aos produtores nacionais. Neste mês, as receitas médias diárias com as vendas externas do produto somam US$ 27 milhões, 15% a mais do que em igual período do ano passado, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).


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