São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2004 |
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"Apenas crise justificaria novo acordo com FMI"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Folha - Apesar da estabilidade do
dólar [a moeda acumula desvalorização de 1,07% neste ano, cotada a
R$ 2,871], a balança comercial registrou, até agora, um bom desempenho em 2004 [o superávit acumulado no ano está em US$ 23,969
bilhões]. Será que a atual cotação
do dólar é adequada ou não estaria
na hora de o governo atuar, por
meio do Banco Central ou do Tesouro Nacional, para elevar o valor
da moeda? Folha - Os números das contas externas mostram que o Brasil conseguiu reduzir sua vulnerabilidade [a
conta de transações correntes
-que inclui todas as negociações
de bens e serviços com outros países- acumulou, nos últimos 12
meses, um saldo positivo recorde
de US$ 9,536 bilhões, valor equivalente a 1,77% do PIB (Produto Interno Bruto)]. Já está na hora de o
país caminhar sem a tutela do FMI
(Fundo Monetário Internacional)
ou a prorrogação do acordo seria o
caminho mais natural? Folha - O governo chegou a anunciar o envio da proposta de autonomia do Banco Central ao Congresso, mas, por falta de consenso,
adiou. O governo desistiu da autonomia do BC? Folha - O sr. sofreu várias acusações, recentemente, de irregularidades em sua declaração de Imposto de Renda, no seu patrimônio, em
movimentações financeiras realizadas nos Estados Unidos. Algo estava errado em sua situação bancária e fiscal? |
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