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Nova unida de do Sesc-SP sai por R$ 55 mi
DA REPORTAGEM LOCAL
Um indicador do volume de recursos que o sistema S arrecada
são os grandes empreendimentos
que mantém. O Sesc, por exemplo, acaba de inaugurar um centro cultural desportivo no bairro
de Pinheiros, na zona oeste de São
Paulo, que foi orçado em R$ 55
milhões -R$ 15 milhões a mais
do que o previsto no início da
obra, há oito anos.
Com 36 mil m2 de área construída, o Sesc Pinheiros reúne teatro
com cerca de mil lugares, auditório, sala de leitura e jogos, oficinas
de arte, ginásios poliesportivos,
piscinas cobertas e aquecidas, clínica odontológica e restaurante.
"Não pegamos recursos públicos nem empréstimos de instituições financeiras. As obras são financiadas com recursos próprios", afirma Danilo Santos de
Miranda, diretor regional do Sesc
no Estado de São Paulo.
Com um orçamento anual próximo a R$ 900 milhões, o Sesc
paulista possui 30 endereços -16
na Grande São Paulo e 14 no interior e no litoral. No Brasil, são 400
unidades, que empregam cerca de
10 mil pessoas.
Expansão
No Estado de São Paulo, a meta
é expandir o número de unidades.
Miranda diz que existe plano para
a construção de mais oito prédios
na capital e mais três no interior.
Cada unidade está orçada entre
R$ 40 milhões e R$ 60 milhões.
"Precisamos crescer para atender
melhor a população", declara.
No início do ano que vem, o
Sesc inaugura nova unidade no
bairro de Santana, na zona norte.
Neste ano deve iniciar ainda obras
em unidades nos bairros do Belenzinho e do Bom Retiro.
Miranda diz que a reestruturação na administração do sistema
S, do jeito que quer o governo,
"não tem a menor chance de funcionar. Temos uma forma ágil de
administrar. Já temos nos conselhos regionais do Sesc um representante dos trabalhadores e dois
ou três do governo", diz.
O governo, na sua análise, não
vai conseguir unificar as estruturas do sistema S porque "cada S
tem um jeito de operar. O Sesi,
voltado aos empregados da indústria tem um modo de lidar
com as pessoas completamente
diferente do comércio, que tem
uma característica mais urbana".
Para ele, o sistema S é uma das
experiências mais bem-sucedidas
do país. "O governo não deve mexer num dos melhores exemplos
de prestação de serviços aos trabalhadores", afirma.
(FF e CR)
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