São Paulo, domingo, 26 de outubro de 2003 |
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PAINEL S.A. Efeito manada Delfim Netto (PP-SP) diz que a maioria dos economistas acredita num crescimento de 3,5% para 2004 por uma razão: todos têm medo de errar. Se o resultado for diferente, pelo menos todo mundo erra junto. O melhor é acompanhar a manada. Estado de espírito Delfim argumenta, no entanto, que é bem possível que o país cresça mesmo 3,5%, já que todos estão convencidos. "Crescer é um estado de espírito." Fé O grande problema, segundo Delfim, é que não existem razões objetivas para o país crescer 3,5% em 2004. "Só a crença." Ânimo Mesmo com a diretoria cada vez mais minguante, o embaixador Sebastião do Rego Barros (ANP) tem se mostrado mais otimista. As conversas com o governo melhoraram bastante. Programa ambiental A Petrobras irá abrir inscrições na terça-feira para um novo programa ambiental sobre o melhor aproveitamento da água. O programa é aberto a todos que queiram participar, e as inscrições poderão ser feitas pela internet. O investimento chega a R$ 40 milhões. O homem... Desembarca no Brasil na próxima quinta Jean Stéphenne, presidente da Glaxo Biologicals, a maior empresa de vacinas no mundo. Ele vai assinar acordo de transferência de tecnologia com Humberto Costa (Saúde) para a Fiocruz (BioManguinhos) produzir vacina contra sarampo, caxumba e rubéola. ...das vacinas Com o acordo, o governo economizará R$ 50 milhões anuais. A Glaxo produz 850 milhões de doses anualmente, um investimento de US$ 300 milhões. Para adultos A Danone prepara o lançamento de um leite fermentado para adultos no Brasil. O lançamento está previsto para o primeiro trimestre de 2004. A Danone atua nesse setor no Brasil apenas com produtos infantis (Danoninho e Paulista). e-mail - ANÁLISE No sufoco
A economia brasileira vai enfrentar sérios problemas para
manter um crescimento sustentável nos próximos anos, afirma
o economista José Roberto
Mendonça de Barros, da MB Associados. O professor argumenta que a taxa de investimento
hoje é de apenas 17%. Muito distante da faixa de 25% a 28%, necessária a um crescimento satisfatório (em países asiáticos, o investimento supera com frequência os 30% do PIB). Não
bastasse, o pouco investimento
fica concentrado em três setores: agronegócios, mineração e
metálicos e na cadeia de petróleo e gás. ""Fora esses setores, o
que temos são empresas investindo, e não setores investindo",
diz Mendonça de Barros. ""Um
dos problemas que terão que ser
tratados é a questão tributária." |
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