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Empresas elevam
lucro em 135%, e
bancos, em 1.039%
DA REPORTAGEM LOCAL
Em dez anos de nova moeda, o
lucro líquido do setor produtivo
no país somou R$ 210,4 bilhões. O
montante em 2003, o último ano
com dados fechados, foi 135,1%
superior ao verificado em dezembro de 1994. Nesse mesmo período, a taxa de expansão no lucro
dos bancos foi ainda superior.
Ao final de 1994, as instituições
financeiras lucraram R$ 3,1 bilhões. Em dezembro de 2003, o
volume atingiu R$ 11,5 bilhões
-uma expansão de 273,4%. Nesse caso estão incluídos 29 bancos
de diferentes portes. O ganho
conjunto dos dez maiores teve
crescimento de 1.039% sobre 94.
Já as companhias de capital
aberto (ações em Bolsa) apresentaram lucro de R$ 19,8 bilhões em
1994. No ano passado, o valor chegou a R$ 46,6 bilhões, o que representa um crescimento de 135,1%
Quanto à rentabilidade, os resultados continuam a apresentar
discrepâncias. Enquanto a taxa
anual de retorno do setor produtivo não passou de um dígito -
média de 5,47% de 1994 a 2003-,
o setor financeiro alcançou uma
taxa de 14,95% no mesmo intervalo de tempo. Os dados fazem
parte de um cruzamento de informações da consultoria Economática e da ABM Consulting.
No caso das instituições financeiras, a rentabilidade refere-se ao
grupo de empresas que, em 2003,
integravam o ranking dos dez
maiores bancos. Os números das
empresas correspondem ao total
de companhias abertas e não-financeiras no país. A Petrobras está incluída no levantamento.
Foi a forte pressão no câmbio
que, em parte, ajudou a manchar
os balancetes das companhias por
diversos anos. Esse cenário de dólar mais caro nos anos de 1999 e
2002, principalmente, ajudou a
inflar o endividamento. As altas
taxas de juros nos financiamentos
no exterior tiveram efeito nocivo
também, assim como a retração
na demanda interna. No entanto,
em nenhum ano do Real, as companhias abertas tiveram prejuízo
na soma dos resultados. Em 2003,
a receita líquida das empresas alcançou um volume 73% superior
ao de 1994.
(ADRIANA MATTOS)
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