São Paulo, domingo, 27 de julho de 2003 |
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HISTÓRIA Fábrica de armas voltou a ter capital nacional na década de 70 e hoje exporta para 70 países Taurus já pertenceu à Smith & Wesson
LÉO GERCHMANN DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE Fundada em 1939, a Taurus já trocou de donos duas vezes. No início, era nacional. Na década de 50, foi vendida para a americana Smith & Wesson. Nos anos 70, Carlos Murgel e Luís Fernando Estima a adquiriram. A fabricação de revólveres é feita desde 1939. Segundo o site da empresa, os primeiros proprietários encomendaram máquinas da Alemanha para a produção das armas, mas, com a eclosão da Segunda Guerra, a compra foi suspensa. "Como não existiam fornecedores no Brasil, passamos a fabricar nossas próprias máquinas", informa o site. No mesmo ano, diz a empresa, faltou aço, e alguns produtos foram feitos com sucata de aço. Em junho de 1980, a Taurus comprou a Bereta, de capital italiano, com sede em São Paulo. Passou, então, a fabricar pistolas semi-automáticas. Em 1981, foi fundada a Timi (Taurus International Manufacturing Inc.). Exporta, no total, para 70 países. A linha de produção tem 430 modelos de revólveres e pistolas para uso civil e militar. Outra marca importante de armamentos no Rio Grande do Sul, com presença expressiva no mercado nacional, é a Rossi -comprada pela Taurus. Ambas estão empenhadas em evitar a restrição do uso de armas. A direção da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos) foi procurada desde a última quarta-feira para falar sobre a empresa, mas não respondeu aos pedidos da reportagem. O setor de marketing informou apenas que poderiam ser usadas as informações do site da companhia, mas não garantia a atualidade das informações. Com sede em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, a CBC é uma das principais fornecedoras de cartuchos para as Forças Armadas do Brasil. Exporta para 65 países e tem 1.100 lojas autorizadas no Brasil e arrecada US$ 60 milhões por ano. A empresa surgiu em 1926 como Fábrica Nacional de Cartuchos, comandada por imigrantes italianos. Desde março de 1990, a CBC é dirigida por um grupo de administradores, engenheiros e químicos ligados à Arbi participações e à Imbel, Indústria de Material Bélico. O uso de armas é defendido pela companhia como direito de defesa pessoal e de lazer (caça e esportes de tiro). Colaborou a Agência Folha Texto Anterior: EUA compram 229 mil revólveres do Brasil Próximo Texto: Mercados e serviços: Se não for ampliado, prazo do Refis acaba 5ª Índice |
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