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Indicado defende
reforma na lei
de
concorrência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com a tramitação paralisada na Câmara dos Deputados, a reforma do sistema de
defesa da concorrência foi o
principal ponto defendido
ontem pelo procurador-geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Arthur Badin, para
que o Brasil dê um "grande
salto" institucional na área
antitruste.
Encaminhada ao Congresso em 2005, a proposta foi
incluída no PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento), em janeiro do ano passado, sendo listada pelo governo como uma das prioridades para tornar mais favorável o ambiente de negócios
no país. O projeto já foi aprovado por comissão especial e
aguarda inclusão na pauta do
plenário da Câmara.
A reforma prevê a análise
prévia dos atos de concentração -fusão de empresas. Hoje, as operações precisam ser
apresentadas ao Sistema
Brasileiro de Defesa da Concorrência até 15 dias depois
do negócio efetivado.
Além disso, a proposta extingue os vários "balcões"
pelos quais as empresas têm
que passar hoje para conseguir a aprovação de fusões. A
Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), a
SDE (Secretaria de Direito
Econômico) e o Cade terão
suas atribuições revistas.
Pela proposta, a Seae deixará de dar pareceres nos casos de fusão ou análise de
conduta das empresas e a
SDE passará a fazer parte da
estrutura do "novo Cade".
Para integrantes do sistema, o desenho proposto dará
ao Cade a importância que
hoje a autarquia não consegue ter. Isso porque a maior
parte dos processos julgados
pelo conselho envolve fusões
de empresas sem grande impacto na economia nacional.
Mesmo nos poucos casos de
maior relevância, as decisões
do Cade não têm efeito na
economia real.
Com a nova configuração,
o tribunal administrativo estará mais voltado para os casos de análise de conduta das
companhias, como prática
de cartel.
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