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BC dos EUA sinaliza alta dos juros nos próximos meses
Lucros de bancos americanos cai 87% no 2º trimestre
DA REDAÇÃO
O Fed (Federal Reserve, o
banco central dos EUA) sinalizou que deverá aumentar a taxa
de juros nos próximos meses,
em uma tentativa de combater
a inflação -que está no nível
mais alto em mais de uma década-, mas não apontou quando
deverá ocorrer a elevação.
"Os membros de modo geral
anteciparam que a próxima
mudança será provavelmente
um aperto [dos juros]", afirma a
ata da reunião de 5 de agosto,
em que o BC manteve a taxa em
2% pelo segundo encontro seguido. Porém, "o momento e o
tamanho de qualquer mudança
na política dependerão dos desenvolvimentos econômico e
financeiro e das implicações
para o crescimento econômico
e para a inflação".
Em uma tentativa de estimular a economia, o Fed reduziu,
em sete cortes consecutivos, a
taxa de juros de 5,25%, em setembro do ano passado, para
2%, em abril. Apesar de os EUA
não terem entrado oficialmente em recessão (houve retração
de 0,2% no quarto trimestre de
2007), a economia enfrenta outra dificuldade: a inflação. Em
julho, o índice ao consumidor
atingiu o seu maior nível em 17
anos, e a inflação ao produtor é
a mais alta desde 1981.
Outro reflexo da crise é que o
lucro dos bancos dos EUA caiu
86,5%, para US$ 5 bilhões, no
segundo trimestre ante igual
período de 2007, o segundo
pior resultado do setor desde
1991. Segundo a FDIC (órgão
governamental garantidor de
contas bancárias), o número de
instituições com "problemas"
passou de 90, no primeiro trimestre, para 117, no fim de junho, e a situação deverá "piorar
nos próximos meses".
Com o "New York Times"
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