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Petróleo fecha acima de US$ 140
Investimento em commodities cresce em um momento de baixa nas Bolsas
Para analista, investidores procuram refúgios seguros
devido à falta de confiança no desempenho das ações
e em outros mercados
DA REDAÇÃO
O preço do barril de petróleo
fechou pela primeira vez acima
de US$ 140, com os investidores aumentando suas apostas
em commodities, em um momento de baixa em boa parte
dos mercados financeiros
mundiais. A cotação do combustível já subiu mais de 40%
neste ano, enquanto o índice
Dow Jones, formado por 30
empresas e o principal da Bolsa
de Nova York, opera em território negativo.
O produto chegou a valer
mais de US$ 142 durante o pregão de ontem, mas recuou com
os investidores aproveitando a
alta para realizar lucros. Em
Nova York, o barril terminou a
semana valendo US$ 140,21, alta de 0,41% em relação ao dia
anterior. O Brent, negociado na
Bolsa de Londres, se valorizou
em 0,34%, cotado a US$ 140,31.
Os preços estão se encaminhando para o maior aumento
trimestral desde os primeiros
três meses de 1999, quando o
petróleo era negociado entre
US$ 11 e US$ 17 o barril. "Eu
não sei quando essa alta vai terminar, pois há muita gente da
comunidade financeira apostando que os preços vão subir",
disse Rick Mueller, diretor da
Energy Security Analysis. "Os
aumentos não têm nada a ver
com o mercado físico."
"Tendência incansável"
Para John Kilduff, vice-presidente de gerenciamento de
risco da MF Global, "a tendência na direção dos ativos minerais e dos combustíveis segue
incansável". Para ele, "há uma
falta de confiança nas ações e
em outros mercados no momento, que faz os investidores
procurarem refúgios seguros".
O preço do petróleo poderá
subir ainda mais caso o BCE
(Banco Central Europeu) eleve
na semana que vem a taxa de
juros da região, o que provocaria uma queda adicional do dólar -a desvalorização da moeda
americana é apontada como
uma das razões para o ciclo de
alta do preço do combustível.
O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, afirmou mais
de uma vez nas últimas semanas que "é possível", no próximo encontro da entidade, o aumento da taxa de juros. Nesta
semana, o Fed (o BC dos EUA)
encerrou o ciclo de sete cortes
consecutivos nos juros, iniciado em setembro de 2007.
Com a Bloomberg
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