São Paulo, sábado, 28 de junho de 2008

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Alta de combustível faz Delta cobrar taxa por passagem de milhagem

DA REDAÇÃO

A Delta, uma das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos, afirmou que passará a cobrar uma taxa nas passagens do seu programa de milhagem, em uma tentativa de amenizar o impacto do aumento do preço dos combustíveis -efeito da alta do petróleo. Nas últimas semanas, várias empresas de aviação americanas vêm anunciando, pelo mesmo motivo, medidas como demissão de funcionários e cobrança pelas bebidas servidas no vôo.
De acordo com a empresa, a taxa será de US$ 25 para vôos dentro dos Estados Unidos e para o Canadá e de US$ 50 nas viagens internacionais, incluindo a América Latina. A medida começa a valer a partir de 15 de agosto -passagens emitidas antes dessa data não precisarão pagar a taxa.
"O preço do combustível quase dobrou no último ano, provocando um estresse considerável nos negócios da Delta. Como resultado disso, a Delta está implementando iniciativas em todas as áreas para atenuar o aumento extraordinário com gastos com combustível", afirmou, em nota, Jeff Robertson, diretor do programa de milhas da terceira maior companhia aérea dos Estados Unidos.
"Essa foi uma decisão difícil, mas essencial devido aos níveis recordes dos custos com combustíveis. Nós esperamos que ela seja temporária e, caso os preços recuem dos níveis atuais, nós reavaliaremos essa taxa", complementou o executivo.
Há duas semanas, a United Airlines e a US Airways anunciaram que cobrarão US$ 15 pelo check in da primeira bagagem em vôos domésticos, medida que já tinha sido anunciada no mês passado pela rival American Airlines, a maior empresa aérea dos Estados Unidos. A US Airways também disse que passará a cobrar U$ 2 por bebidas não-alcoólicas (refrigerantes, sucos, café etc.) e aumentará de US$ 5 para US$ 7 o preço das alcóolicas.
As companhias de aviação podem perder mais de US$ 6,1 bilhões neste ano devido aos altos preços do petróleo, segundo a Iata (associação mundial que reúne as empresas aéreas). Pelos cálculos dela, cada aumento de US$ 1 no preço do petróleo eleva em US$ 1,6 bilhão os custos.


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