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Aumento da inflação e dos juros não inibe setor, diz especialista
DA SUCURSAL DO RIO
O aumento da inflação e da
taxa básica de juros assusta,
mas ainda não compromete os
novos investimentos voltados
para a classe C, avaliam especialistas ouvidos pela Folha.
Segundo Sérgio Watanabe,
presidente eleito do Sinduscon-SP, o PIB da construção civil deve crescer este ano cerca
de 10%.
"Não acreditamos que será
muito diferente disso. A menos
que a inflação continue a se
acelerar", disse.
Para Flavio Prando, vice-presidente do Secovi-SP, se
houver impacto, ele não ocorrerá este ano. "A inflação poderia afetar a TR [Taxa Referencial], o índice de correção das
prestações, mas a fórmula de
cálculo atenua muito o impacto. Não vejo no horizonte como
possa prejudicar o segmento",
afirmou Prando.
Dados da Caixa Econômica
Federal mostram que, até 19 de
junho, os financiamentos para
habitação somaram R$ 7,6 bilhões em mais de 131 mil operações. As operações para pessoas com renda familiar de até
dez salários mínimos foram da
ordem de R$ 2,6 bilhões. No
ano passado, os financiamentos para pessoas com renda familiar de até cinco mínimos somaram cerca de R$ 5,5 bilhões.
Segundo Teotonio Rezende,
consultor de Habitação da Caixa, há perspectiva de resultados maiores nos próximos meses. "Temos uma demanda de
100 mil unidades que ficou represada e deve ser atendida no
segundo semestre. Fazemos
parcerias com Estados e municípios, onde eles entram com
infra-estrutura ou serviços em
operações de grande escala."
Para ele, o país tem três desafios nessa área: adaptação da
construção civil para o fornecimento de imóveis de qualidade
e baixo custo, criação de financiamento por bancos privados
capaz de atender a demanda da
baixa renda e oferta de subsídio
com foco adequado.
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