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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Serra estuda aumento do ICMS sobre o álcool
O governador José Serra estuda a possibilidade de elevar o
ICMS que incide sobre o álcool
produzido no Estado, cuja alíquota foi rebaixada no governo
de Geraldo Alckmin, candidato
tucano a prefeito de São Paulo.
Atualmente, a alíquota do
ICMS que incide sobre o álcool
em São Paulo é de 12%, a mais
baixa do país. Nos outros Estados, a alíquota varia de 18% a
25%. Antes de ser rebaixada,
em 2003, a alíquota do imposto
em São Paulo era de 25%.
A principal razão para a redução do ICMS por Alckmin foi o
fato de o setor de açúcar e álcool ter garantido que a arrecadação do ICMS iria aumentar
com a diminuição da sonegação. Isso não aconteceu. A arrecadação caiu R$ 1,2 bilhão.
O governo de São Paulo também não gostou do fato de os
usineiros não estarem colaborando na reconstrução das estradas vicinais que sofrem com
o transporte da cana.
Os caminhões de cana transportam três vezes mais peso do
que os normais, o que desgasta
as estradas vicinais. O governo
Serra pediu a colaboração dos
usineiros, mas até agora eles
não se pronunciaram.
O governo de São Paulo também se mostra descontente
com o fato de muitos usineiros,
apesar da alíquota baixa do
ICMS, investirem em outros
Estados para usufruírem de outros incentivos.
O diretor técnico da Unica
(União da Agroindústria Canavieira de São Paulo), Antônio
de Pádua Rodrigues, argumenta que os benefícios indiretos
são muito maiores do que a diferença de arrecadação.
Segundo ele, ao propor o aumento da alíquota do ICMS para o álcool, o governo não leva
em conta, por exemplo, os benefícios para São Paulo, em um
mercado em que os níveis de
poluição são altos.
"Falta preocupação ambiental", diz Pádua Rodrigues. "A
expansão da cana-de-açúcar
também movimentou a indústria de bens de capital, com a
instalação de mais usinas no
Estado."
ENVELOPE
As eleições estão aquecendo o mercado de adesivos em
São Paulo. A Signmaker, que faz adesivos para "envelopar" veículos, registrou alta de cerca de 30% nos pedidos
ante o mesmo período há dois anos. A explicação, para
Fabiano Perez, além das eleições, está na corrida por mídias alternativas. "As eleições são um aumento pontual. A
alta também tem relação com a Lei Cidade Limpa."
TIJOLO POR TIJOLO
O grupo Ecoesfera, que adota padrões de sustentabilidade em obras para classe média, passou de
um valor geral de vendas de R$ 180 milhões em
2007 para R$ 1 bilhão neste ano. Luiz Fernando Lucho do Valle, presidente da empresa, diz que os
equipamentos para aproveitar luz solar e coletar
água da chuva diminuem o gasto em condomínio e
isso atrai clientes. A empresa contrata operários
que morem a 2 km de suas obras. Há projetos no
Tatuapé, no Ipiranga e na Vila Maria, em São Paulo.
ANIVERSÁRIO
O Instituto de Economia
da Unicamp realiza amanhã
seminário para comemorar
seus 40 anos. Guido Mantega falará sobre crise mundial, desafios e potencialidades para o Brasil. Também
participam Maria da Conceição Tavares (UFRJ), Luiz
Gonzaga Belluzzo (Unicamp), Robert Guttmann
(Hofstra University) e Luiz
Carlos Mendonça de Barros.
LATINO
O Ibope Inteligência,
braço do grupo que realiza pesquisas nas áreas de
consumo e de marca, vai
inaugurar neste mês sua
filial na Cidade do México. Com um investimento
inicial de US$ 100 mil, esse será o segundo escritório da empresa na América Latina, depois da Argentina. O próximo passo
será entrar no mercado chileno.
UM "CRAQUE"
Apesar de ter tido pouco
contato com Olavo Setubal,
o empresário Jorge Paulo
Lemann tem por ele uma
grande admiração. "Foi um
craque, um exemplo para o
Brasil", afirmou. "Construiu
um negócio sólido e cumpriu com determinação sua
missão política." Pouca gente sabe, mas Setubal foi extremamente importante na
vida empresarial de Lemann. Em 1983, o banqueiro
ajudou o trio Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira a
comprar o controle das Lojas Americanas.
NO TOPO
O ex-ministro João Paulo
dos Reis Velloso promove
mais um debate do Fórum
Nacional, nos dias 3, 4 e 5, no
Rio, sobre as condições para
o Brasil ser o melhor dos
Brics. Confirmaram presença José Serra e Paulo Hartung, Celso Amorim (Relações Exteriores), Paulo Bernardo (Planejamento), Miguel Jorge (Desenvolvimento), Tarso Genro (Justiça),
José Múcio (Relações Institucionais) e Geddel Vieira
Lima (Integração Nacional).
Luciano Coutinho (BNDES)
também participa.
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