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Crise externa faz Tesouro rever metas da dívida
JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O impacto da crise financeira internacional no mercado brasileiro fez com que o
Tesouro revisasse ontem as
metas para a dívida pública
federal deste ano. Diante da
certeza de que não conseguiria cumprir os parâmetros
estabelecidos no PAF (Plano
Anual de Financiamento), o
Tesouro comunicou que teria mais tolerância com o
percentual maior de títulos
indexados à taxa Selic na
composição da dívida.
Essa foi a primeira vez desde que o PAF foi adotado, em
2001, que o Tesouro fez revisão de metas. O plano serve
como um parâmetro para o
sistema financeiro saber como o governo pretende atuar
no mercado de renda fixa ao
longo do ano. Por isso, a cada
ano, o Tesouro divulga as
metas do ano seguinte.
Com a revisão anunciada
ontem, o Tesouro passa a
perseguir a meta de que os títulos atrelados à Selic irão
representar entre 31% e 34%
do total da dívida federal no
final do ano. A meta anterior
era ficar entre 25% e 30%.
Para aumentar o peso da
taxa básica de juros na dívida
pública, o Tesouro reduziu a
meta para os títulos prefixados, que agora deverão ficar
entre 29% e 32% da dívida. O
objetivo anterior era entre
35% e 40%. O secretário do
Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que a meta
de longo prazo do governo
continua sendo a de aumentar o peso dos prefixados e
índices de preços.
Outra mudança de parâmetro foi a redução da meta
para o estoque da dívida.
Com a ajuda do elevado superávit primário deste ano, o
governo estima que poderá
abater um percentual maior
de juros da dívida do que estimava no final de 2007.
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