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Anac abre consulta sobre tarifa para Europa e EUA
Sindicato diz que setor irá quebrar com liberdade tarifária
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
A diretoria da Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil)
aprovou o início da consulta
pública para a liberalização de
tarifas para a Europa e os Estados Unidos. A partir de 1º de setembro, as empresas já terão liberdade total na fixação dos
preços dos bilhetes de vôos para a América do Sul.
Segundo Ronaldo Seroa da
Motta, diretor da agência, dentro de 12 a 18 meses as tarifas
para qualquer destino internacional serão livres. O impacto
para o consumidor, no entanto,
dependerá também do cenário
externo, especialmente do preço do petróleo. O combustível
representa de 30% a 40% dos
custos das companhias aéreas.
"Você está dando liberdade
tarifária, mas a gente não pode
obrigar ninguém a mexer em
tarifas. Com essa crise do petróleo, os preços tendem a subir. Queremos que a empresa
mais competente, que consegue oferecer um preço menor,
tenha um espaço no mercado."
O presidente do Snea (Sindicato Nacional das Empresas
Aeroviárias), José Márcio Mol-
lo, disse que a liberdade total de
tarifas em vôos internacionais
vai resultar em uma "quebradeira de empresas brasileiras".
Segundo ele, as principais companhias nacionais, TAM e Gol,
não têm condições de competir
com empresas do porte da
American Airlines, que tem
mais de 900 aviões. "É óbvio
que as grandes companhias estrangeiras têm estrutura suficiente para jogar para baixo os
preços e, com isso, as empresas
brasileiras vão quebrar."
Segundo Motta, até o fim do
ano entrará em vigor a política
de céus abertos para a América
do Sul, embora ainda existam
resistências pontuais de alguns
países. Nesse caso, o sindicato
das empresas não critica. "Isso
já estava previsto desde a década de 1990. Temos condições
de competir com as companhias da região", disse Mollo.
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