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Crise é contornada
com a ajuda privada
FÁBIO GUIBU
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
Os convênios firmados com organizações internacionais e entidades financeiras privadas têm
minimizado os efeitos dos cortes
orçamentários e garantido a continuidade de algumas unidades de
pesquisas da Embrapa.
Localizada na porta de entrada
da floresta amazônica, a unidade
Embrapa Amazônia Oriental,
com sede em Belém (PA), tem
conseguido atrair convênios internacionais, o que garantiu em
2002 uma verba duas vezes maior
do que o repasse federal. Neste
ano, a proporção deve ser mantida.
Para o chefe-geral da unidade,
Adilson Serrão, o "apelo amazônico" é uma das razões para o interesse internacional.
A Embrapa Amazônia Oriental
é a maior unidade da empresa,
com 520 funcionários, sendo 120
pesquisadores, e 69 projetos de
pesquisa em andamento. Segundo o chefe-geral, metade dos projetos envolve agricultura familiar.
Para Serrão, a Embrapa está na
fase final de um processo de adequação às novas diretrizes definidas pelo governo federal, que direciona o foco das atividades na
agricultura familiar, no agronegócio e na ampliação do conhecimento científico. "Com a reorganização finalizada, esperamos
agora que os recursos contingenciados por razões conjunturais
comecem a fluir no segundo semestre", diz Serrão.
Na Embrapa Semi-Árido, em
Petrolina (a 780 km de Recife), a
verba proveniente dos convênios
internacionais chega a ser três vezes maior do que os recursos federais. Para o chefe-adjunto administrativo da unidade, Luiz Maurício Salviano, a "captação de recursos indiretos" tem sido hoje o
principal meio de financiamento
de pesquisas. Segundo Salviano,
muitas pesquisas são feitas em fazendas particulares para aproveitar a infra-estrutura local. Em troca, os fazendeiros têm acesso às
novas tecnologias em estudo.
Mesmo com uma fonte paralela
de recursos, a unidade da Embrapa Semi-Árido já foi ameaçada de
ficar sem água e luz por falta de
pagamento das contas.
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