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Alta do combustível eleva tarifa de companhias aéreas de baixo custo
Empresas americanas aumentam valores de passagens e buscam alternativas
DO "NEW YORK TIMES"
Por anos, a Southwest Airlines e a JetBlue operaram sob limites voluntários de preços de
passagem, prometendo aos viajantes que nenhum trajeto custaria mais de US$ 299.
Bons tempos, aqueles. Agora,
se você quiser viajar de Boston
para Long Beach (Califórnia), a
passagem da JetBlue custará
US$ 599. Uma passagem só de
ida de Manchester (New
Hampshire) a Ontario (Califórnia) agora é vendida por US$
414 pela Southwest.
As linhas aéreas de baixo custo nos EUA já não custam tão
pouco. O preço do combustível
de aviação -que subiu mais de
80% em 2007- está forçando
as empresas a elevarem acentuadamente algumas de suas
tarifas e a se reinventarem para
atrair não apenas os interessados em baixos preços mas também os viajantes de negócios,
que em geral compram suas
passagens no último momento
e por isso pagam mais caro.
"A realidade é que os preços
das passagens têm de subir",
disse Davis Ridley, vice-presidente de marketing e gestão de
receita da Southwest. "A aritmética não funciona se transportarmos cinco pessoas pelo
país por US$ 99."
Companhias aéreas como a
Southwest, a JetBlue e a AirTran conseguiram oferecer
passagens baratas por anos devido aos seus custos operacionais mais baixos, propiciados
por fatores como frotas de
aviões mais simples e redes menos extensas de rotas. Os preços baixos e o rápido crescimento que elas obtiveram forçaram as companhias de maior
porte a reduzirem tarifas sempre que essas concorrentes
chegavam a um novo mercado.
Elas continuam a oferecer
bons preços para os passageiros que compram passagens
com muita antecedência, viajam fora de temporada ou em
horários menos populares.
Mas, em termos gerais, está se
tornando mais difícil encontrar
uma pechincha, e elas agora começam a acompanhar as rivais
maiores na alta das passagens,
que já subiram 18% até agora.
Os especialistas do setor dizem que a linha que separa as
companhias de baixas tarifas e
as maiores empresas do setor
está se estreitando. "Não temos
mais a imensa diferença que
existia no começo da década",
disse Philip Baggaley, analista
da Standard & Poor's.
A JetBlue e a AirTran, que seguiram o exemplo das companhias maiores e estão cobrando
pelo embarque de bagagem (a
partir da segunda mala), dizem
que estão tentando encontrar
um ponto de equilíbrio. "As
companhias de baixas tarifas
não são imunes aos preços do
petróleo", disse Robert Fornaro, presidente da AirTran.
A JetBlue alterou uma de
suas normas originais para se
tornar mais atraente aos viajantes de negócios. A partir de
janeiro, ela introduziu passagens restituíveis, que, segundo
ela, custam entre US$ 50 e US$
100 a mais do que as passagens
que não oferecem devolução.
Elas são vendidas principalmente a viajantes de negócios.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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