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Fundo vê risco maior para mercados emergentes
Principal preocupação é com pressão inflacionária
DA REDAÇÃO
Apesar de permanecerem
"relativamente resilientes" às
turbulências até o momento,
aumentaram os riscos para os
mercados emergentes, de acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que, no entanto, não menciona quais países poderiam ser mais afetados.
Segundo a entidade, com o
alongamento da crise e o aperto
das condições de financiamento externo, alguns mercados
emergentes estão "sob intensa
avaliação", especialmente em
relação às políticas para conter
o aumento das pressões inflacionárias. O FMI disse ainda
que "há sinais claros" de que os
investidores estão mais cautelosos em aumentar suas posições nesses mercados.
"A resiliência dos mercados
emergentes às turbulências
globais está sendo testada, à
medida que as condições de financiamento externo estão
mais apertadas e os dirigentes
enfrentam o aumento da inflação", afirma documento do organismo divulgado ontem.
Passado um ano do início da
crise do "subprime" (hipotecas
de alto risco) nos Estados Unidos, o FMI afirma que os mercados financeiros globais continuam "frágeis" e que os indicadores de risco sistêmico permanecem "elevados".
"Apesar de os bancos terem
tido êxito em levantar mais capital, os balanços estão sob estresse renovado e os preços das
ações das instituições caíram
acentuadamente. Isso tornou
mais difícil levantar capital e
aumentou a possibilidade de
uma interação negativa entre o
ajuste do sistema bancário e a
economia real."
Uma das principais preocupações do FMI é com o mercado imobiliário norte-americano. O organismo afirmou que a
piora dos empréstimos está se
espalhando, com o aumento do
número de proprietários que
não estão pagando em dia as
suas hipotecas -e perdendo as
suas residências- e o declínio
dos preços das casas.
Para o FMI, a "contenção do
declínio do mercado imobiliário dos EUA" irá ajudar tanto os
proprietários como as instituições financeiras.
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