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ONGs alertam chanceler sobre riscos de acordo em serviços
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um conjunto de sete ONGs
brasileiras enviou uma carta ao
chanceler Celso Amorim alertando sobre o acordo em serviços em negociação na Rodada
Doha da OMC (Organização
Mundial do Comércio). Segundo as entidades, a assinatura do
texto pode comprometer políticas públicas do país.
"[Itens do acordo de serviços] podem comprometer a
execução das políticas públicas
em curso no Brasil, principalmente aquelas de combate à
pobreza, às desigualdades e às
injustiças socioambientais e o
acesso aos serviços básicos para o conjunto da população brasileira", diz a carta do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor) e outras ONGs.
A negociação do acordo de
serviços teve início ontem em
Genebra, na reunião ministerial que discute o desenlace da
Rodada Doha. Pelo texto proposto pelo mexicano Fernando
de Mateo, todos os serviços seriam liberados para concorrência internacional. Segundo as
ONGs, isso criaria embaraços
na área de fornecimento de
água, saúde e educação. O Itamaraty não se comprometeu
com a proposta da OMC. Assinam a carta, ainda, entidades
como a Rebrip (Rede Brasileira
pela Integração dos Povos), o
ISP (Internacional dos Serviços Públicos), o Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) e a MMM (Marcha Mundial de Mulheres).
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