São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 2008

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Vaivém das commodities

TOM BAIXISTA
Melhora de perspectiva na safra nos EUA, queda do petróleo e valorização do real deram um tom baixista ao milho no mercado interno. A queda pode comprometer o escoamento de produto no auge da safrinha. A avaliação é de Leonardo Sologuren, da Consultoria Céleres.

QUANTO SAIU
Após ter atingido 694 mil toneladas em maio, as exportações de milho de junho recuaram para 364 mil toneladas. O acumulado do ano atinge 2,93 milhões de toneladas, abaixo dos 3,2 milhões de igual período de 2007.

AINDA É CEDO
Os tempos ruins das lavouras de soja dos EUA também diminuíram, mas ainda é cedo para prever uma recuperação de oferta. Os problemas climáticos ainda vão ser combustíveis para volatilidade -altas e baixas de preços-, avalia Anderson Galvão, da Céleres.
RITMO ACELERADO
As receitas diárias obtidas com as exportações de soja somaram US$ 168 milhões na semana passada, elevando a média do mês a US$ 129 milhões, 114% a mais do que no mesmo período de 2007.

QUINZENA AQUECIDA
As duas últimas semanas foram de uma movimentação maior nas importações de cereais, principalmente de trigo. Segundo a Secex, os gastos diários do período subiram para US$ 17,6 milhões por dia, 40% a mais do que no anterior.

SEM COMPRADOR
"Não temos comprador para o trigo." Essa a afirmação de um diretor de cooperativa do Paraná. É preocupante porque a safra já começou e o país deverá produzir acima de 5 milhões de toneladas, afirmou.

BAIXA MOVIMENTAÇÃO
A semana começou com pouca movimentação nas negociações com trigo, e os preços estão de estáveis a levemente baixos, segundo Elcio Bento, da Safras & Mercado. Preços elevados e incertezas em 2007 levaram os moinhos a buscar trigo também fora da Argentina, principalmente após a liberação da TEC nas importações.

QUEDA EM NY
O mercado futuro de commodities fechou em baixa ontem, com recuo generalizado. Já em Chicago, à exceção de trigo, os demais produtos começaram a semana em alta.


LIDERANÇA
O Brasil deve assumir a posição de maior consumidor mundial de defensivos, informou a multinacional Kleffmann à Reuters. O agricultor intensificou o combate a insetos, ervas daninhas e doenças fúngicas. O faturamento do setor atingiu US$ 5,4 bilhões em 2007, contra US$ 6,5 bilhões nos EUA.


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