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Expansão muda perfil dos detritos
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos bairros mais nobres da cidade de São Paulo, como Pinheiros, Jardins e Morumbi, a geração
de lixo cresceu entre 3% e 4% a
partir de abril deste ano. A informação é do Departamento de
Limpeza Urbana da prefeitura.
"Os moradores dessas áreas estão consumindo mais, encomendando mais pizza, utilizando mais
embalagens e gerando mais lixo
seco", afirma Fábio Pierdomenico, diretor do departamento.
O lixo seco é mais comum nas
regiões mais ricas. Segundo Pierdomenico, esse tipo de resíduo já
não vai mais só para o aterro sanitário, e sim para a atividade econômica. Já nos bairros mais pobres do município, o lixo é mais
molhado -o percentual de matéria orgânica é maior nesse caso.
Antes dos programas de reciclagem, o lixo orgânico representava
45% do total de lixo da cidade e o
seco, 65%. "Hoje, a participação
de orgânico cresceu 65%. Isso é
próprio da mudança de hábito do
gerador de lixo, que foi buscar a
reciclagem seja pelo sistema privado seja pela consciência."
O Departamento de Tratamento de Resíduos Sólidos da Secretaria de Meio Ambiente de Vitória
também notou aumento do lixo
seco nas áreas mais ricas. "Enquanto o morador desses bairros
consome mais batata frita industrializada, nos bairros mais pobres a dona-de-casa compra a batata, frita em casa e descarta os resíduos. Gera mais lixo orgânico",
diz José Celso Motta, diretor do
departamento.
(FF e CR)
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