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Na esteira dos EUA, Bolsa de SP sobe 2,06%
Recuo do petróleo animou o mercado; dólar vai a R$ 1,568
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de uma seqüência de
cinco pregões de queda, a Bovespa conseguiu respirar ontem, na esteira do resultado positivo registrado pelo mercado
norte-americano. A Bolsa de
Valores de São Paulo conquistou valorização de 2,06% e foi a
58.042 pontos.
O índice Dow Jones, que reúne as 30 ações americanas de
maior liquidez, teve alta de
2,39%. A Bolsa eletrônica Nasdaq, dos papéis de companhias
de alta tecnologia, subiu 2,45%.
Wall Street ganhou ânimo
com o recuo do barril de petróleo, que desceu a US$ 122,19. A
queda de 2,04% no preço do petróleo ontem em Nova York levou a depreciação do produto
acumulada neste mês para
12,85%. Há poucas semanas, o
petróleo rondava US$ 145.
A elevação do petróleo representa uma ameaça ao controle
inflacionário. Por isso, o mercado acionário responde positivamente quando o produto se
enfraquece.
Declarações de Chakib Khelil, presidente da Opep, ajudaram a esfriar o petróleo. "Se o
dólar continuar se fortalecendo
e a situação política [em relação
ao Irã] melhorar, então o preço
no longo prazo será de cerca de
US$ 78", disse Khelil.
A melhora apresentada pelo
dado de confiança do consumidor norte-americano também
favoreceu o dia de recuperação
do mercado financeiro.
Na Bolsa paulista, o recuo do
petróleo não costuma ser uma
notícia muito positiva, pois
acaba por prejudicar o desempenho das ações da Petrobras,
que são as de maior peso no índice Ibovespa. A ação preferencial da Petrobras, a mais negociada da Bolsa, caiu 0,14%; a
ação ordinária da empresa petrolífera subiu 1,09%.
Os papéis de empresas dos
setores siderúrgico e aéreo tiveram ganhos mais expressivos, como mostram as altas de
Gol PN (4,65%), CSN ON
(4,51%), Gerdau PN (4,01%) e
Vale PNA (2,22%).
Todavia, apesar do dia de ganhos, a movimentação na Bolsa
paulista foi relativamente fraca. Ontem foram movimentados R$ 4,68 bilhões -a média
diária dos pregões no ano é de
R$ 6,15 bilhões.
O atual desinteresse dos estrangeiros pelas ações brasileiras tem sido sentido pela Bolsa.
Tanto que a queda do Ibovespa
neste mês ainda é muito elevada -está em 10,73%.
Neste mês, até o dia 24, a saída líquida de capital externo da
Bolsa estava em R$ 7,39 bilhões
-o pior balanço da história foram os R$ 7,41 bilhões negativos de junho.
Ao menos essa perda de capital externo do mercado acionário não tem afetado o câmbio. É
que os estrangeiros têm, atraídos pelos juros, aplicado em títulos de renda fixa.
O dólar encerrou em baixa de
0,34%, a R$ 1,568 -menor cotação desde janeiro de 1999.
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