|
Texto Anterior | Índice
GUIA DOS CONCURSOS
Carreiras exigem que servidor volte aos bancos escolares depois do fim das provas; reprovados estão fora
Após a aprovação, escolas de governo cobram resultados
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Engana-se o candidato a servidor que acha que, depois de uma
verdadeira maratona de estudos,
ser aprovado no concurso público
é o final feliz da sua história. Em
muitas carreiras, os testes são só o
primeiro passo. Depois da aprovação, pode ser necessário voltar
aos bancos escolares e cursar uma
escola de governo. Quem é reprovado está fora do funcionalismo.
"As carreiras que mais têm essa
necessidade são as do núcleo estratégico do Estado", diz José Luiz
Pagnussat, assessor da diretoria
de formação profissional da Enap
(Escola Nacional de Administração Pública). É o caso da diplomacia, que envia seus concursados
ao Instituto Rio Branco. Há ainda
cursos de formação na Esaf (Escola de Administração Fazendária)
e na Academia da Polícia Federal,
entre outras.
Para o estudioso José Matias Pereira, cientista político da UnB
(Universidade de Brasília), ainda
é pouco. O ideal, diz, seria que
mais carreiras obrigassem os
aprovados a cursar escolas de governo. "É preciso investir mais
nessa área. Os magistrados [por
exemplo] têm como alternativa
uma escola de magistratura, mas
sem papel de escola de governo."
A diretora de análise e monitoramento da força de trabalho do
Planejamento, Regina Luna, reconhece que "do ano passado
para cá, devido ao aumento do
número de concursos, a demanda aumentou". No plano federal,
contudo, ela considera a oferta
atual satisfatória. "Mas seria bom
introduzir essa preocupação [de
formação] nas administrações
municipal e estadual", afirma.
Pós em gestão pública
A Enap, que forma servidores
das áreas de gestão e de fiscalização, abrirá neste ano seu primeiro curso de pós-graduação em
gestão pública. Será uma especialização ("lato sensu") com
duração total de um ano.
"A demanda por parte dos órgãos públicos é grande. Eles querem que os cursos de pós-graduação valorizem suas especificidades", pondera José Luiz Pagnussat.
(RGV)
Texto Anterior: Análise - Pasquale Cipro Neto: Pensar é preciso Índice
|