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VAGAS INVISÍVEIS
"Networking" converte o ex-chefe em aliado
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Para chegar às vagas ocultas no
mercado, é fundamental dedicar
mais atenção ao cultivo de contatos, ou seja, ao "networking".
Essa rede tem funcionado a favor de Sérgio Augusto Batista Lima, 28. Atuando há 11 anos na
área comercial, ele afirma que todos os empregos que arranjou até
hoje foram indicados por amigos
ou por ex-colegas de trabalho.
"A primeira coisa que faço
quando estou desempregado é
contatar todos por telefone", afirma. Para ele, o método rende
mais do que o envio de currículos.
Juliana Maria de Queiroz, 30,
concorda. "Agora está mais difícil
arrumar trabalho sem ser por indicação. Deixo currículos em
agências, mas não sou chamada."
Para Thomas Case, 64, fundador do Grupo Catho, os mais eficientes "indicadores" são os antigos superiores e colegas.
Segundo pesquisa da Catho
com 9.174 executivos, 46% deles
já indicaram um conhecido para
vir trabalhar em sua empresa.
"É importante manter bons relacionamentos e nunca romper
com o chefe por causa da demissão", aponta, lembrando que
grande parte dos executivos volta
a atuar com ex-empregadores.
Além disso, o profissional precisa mostrar seu trabalho na companhia, comenta Daniela Simi, 30,
gerente de marketing e fidelidade
do Grupo Pão de Açúcar. "Obtive
esse emprego graças à indicação
de uma pessoa que trabalhou na
mesma empresa que eu, mas não
era minha colega de trabalho."
Mostrando a cara
Para se tornar ainda mais eficaz,
a rede precisa se estender além
dos amigos. "Quando você mostra habilidades para clientes, torna-se referência, está na vitrina o
tempo todo", diz o consultor Ricardo de Almeida Prado Xavier.
Evany da Costa Gomes, 50, que
o diga. Diretora de atendimento e
planejamento da Research International, assumiu o cargo a convite do presidente da companhia.
"Provavelmente fui indicada por
alguém do mercado", comenta.
Essa prática não se restringe a
grandes companhias. Segundo levantamento do Sebrae (Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e da CNI (Confederação Nacional da Indústria),
64% de 2.500 micro e pequenos
empresários entrevistados recorrem à indicação. Na região Sudeste, o índice registrado foi de 70%.
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