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NA METRÓPOLE
Carreiras florescem no concreto
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Do alto do seu escritório na Vila
Madalena, na zona oeste de São
Paulo, Fábio Carvalho, 28, avista o
campo. Sócio da Orbe Investimentos, empresa de gestão de investimentos, viu no agronegócio
um bom nicho para apostar. Depois de um ano e meio, neste mês
a empresa lança o Agrotech, primeiro fundo de capital de risco
exclusivo para o setor no país.
"Não era minha praia, mas acabei gostando", diz ele, formado
em administração. "O agronegócio é uma indústria com alto investimento em tecnologia, grande
diversificação e uma quantidade
de novos negócios impressionante", justifica.
Para entender do novo negócio,
Carvalho visitou empresas e laboratórios de todo o país e se tornou
figura constante nas grandes feiras do setor. "Carreiras especializadas, como segurança alimentar,
novos materiais e agricultura de
precisão, estão no ápice, carentes
de especialistas", avalia.
Longe dos núcleos de produção,
o mercado de trabalho para profissionais envolvidos com o universo agrícola cresce.
"Profissionais de nível universitário serão contratados para as
áreas de administração e economia, incluindo finanças, comércio exterior e logística. Para a área
de sanidade e controle de qualidade, serão agrônomos, biólogos,
veterinários, zootecnistas e profissionais voltados para atender às
crescentes exigências do consumidor nacional e, principalmente, internacional", pondera Geraldo Barros, do Cepea (Esalq-USP).
O perfil continuará sendo o de
profissionais com formação em
ciências agrárias, mas o mercado
em expansão pode dar espaço a
novas iniciativas. "Está aumentando a demanda por pessoas
com visão estratégica. A gestão do
agronegócio e o posicionamento
estratégico diante do cenário internacional tende a exigir trabalhadores mais habilitados e treinados para usar tecnologia sofisticada", analisa José Vicente Ferraz, diretor técnico da FNP Consultoria.
(AR)
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