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Como a comunicação dentro das empresas tornou-se uma função estratégica, a posição e a responsabilidade dos executivos que atuam nessa área ganharam um peso extra nos últimos tempos.
De acordo com a Aberje, um recém-formado iniciante em comunicação corporativa recebe entre R$ 2.000 e R$ 4.000. Na posição de gerente, o salário varia de R$ 8.000 a R$ 10 mil. Já um diretor pode ganhar até R$ 30 mil.
"O profissional precisa estar bem-preparado e normalmente não é só formado em comunicação. Além de possuir habilidade verbal e escrita, tem de entender de negócios", diz Paul Levison, 69, sócio e consultor da Korn Ferry.
Exemplo de "maleabilidade" é o administrador de empresas Guilherme Athia, 38, sócio-gerente da Institucional, empresa de marketing de relacionamento. Athia está na área de comunicação há mais de 15 anos e dá aulas de marketing em MBAs há dez.
Depois de passar por uma empresa de telecomunicações, foi na montadora Renault que chegou a diretor, aos 33 anos. "Conquistei a posição por mostrar resultados. Provei que investir em comunicação e marketing dava resultado. Hoje o profissional é mais que um comunicador, é um estrategista."
O desafio de fazer funcionar a boa comunicação pode se tornar maior dependendo da área de atuação da companhia. O executivo Lucio Pedro Mocsanyi, por exemplo, já trabalhou em uma companhia multinacional fabricante de cigarros. Hoje o seu cargo exige mais: atuando na Monsanto, Mocsanyi tem como maior desafio desmitificar a questão dos alimentos transgênicos.
"Precisamos dialogar com todos os públicos a fim de mostrar que [produto transgênico" não é nada sobrenatural", afirma.
Para Márcia Lapastina, 49, consultora da Global HR Solucion, o segredo do bom profissional é atuar com a verdade. "A comunicação tem de ser coerente com o que a empresa pode oferecer. Dentro desse limite, o profissional tem de ser criativo para atingir o público da melhor forma", diz.



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