São Paulo, domingo, 04 de agosto de 2002 |
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SUA CARREIRA "Boa tecnologia" é bem-vinda, diz especialista
GIOVANA TIZIANI DESEMPREGO - "É sabido que, com a implementação das novas tecnologias, muitas pessoas perderam os seus empregos. Mas, por outro lado, outros profissionais conseguiram se empregar graças aos novos trabalhos que foram gerados. Boas tecnologias, como as implementadas na indústria automobilística, por exemplo, têm essa capacidade de gerar postos de trabalho em diversas outras áreas. Em Michigan (Estados Unidos), a indústria de automóveis foi a que mais empregou nos últimos anos." VELOCIDADE - "É verdade que o ritmo dos avanços tecnológicos é muito superior à capacidade de a mão-de-obra se adaptar às mudanças. Esse é um problema para todos os países, qualquer que seja o seu grau de desenvolvimento. É por isso que a maior parte das tecnologias leva muito tempo para ser aceita pelas pessoas." EDUCAÇÃO - "Os altos índices de analfabetismo sem dúvida atrasam o desenvolvimento tecnológico. Entretanto, deve-se ir além. Educação é mais do que saber ler e escrever. É preciso explicar para as pessoas o que a tecnologia pode trazer de bom para a vida delas e que as mudanças ocorrerão, quer elas queiram ou não." EXCLUÍDOS - "Existe exclusão digital dentro dos países e entre eles. Mas há também um fator cultural. No Japão, as pessoas adotam o computador muito menos do que a gente imagina. Elas preferem usar o celular com acesso à internet. E essa é uma ferramenta barata e que vai ficar ainda mais." ROBÔS - "O uso de robôs nas fábricas e no setor de serviços vem
crescendo, mas imaginar um
mercado de trabalho de robôs é
ainda muito futurista. Nos anos
80, enquanto as empresas gastavam bilhões com eles, os japoneses não pensavam nisso sem antes
capacitar as pessoas primeiro. A
maior parte dos serviços só pode
ser feita por seres humanos porque é preciso pensar, sentir." |
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