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Mercado põe novatos na "balança"
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Enquanto não conseguem a colocação que desejam, bacharéis
em direito se submetem a funções
que não exigem o título.
Sonhando com a magistratura
estadual, Solange Gonçalves, 30,
passa sete horas por dia atuando
na área administrativa e de vendas de uma editora. "Não é fácil,
mas é um degrau para alcançar o
que quero." Segundo ela, optar
por advogar não vale a pena para
quem quer passar em concurso.
"O salário não é bom, e o trabalho
é desgastante. Não sobra tempo
para estudar o necessário."
O Tribunal de Justiça de São
Paulo e o Ministério Público Estadual informam que, em geral, o
número de aprovados é inferior
ao número de vagas existentes. Os
concursos têm provas orais, discursivas e de múltipla escolha
-segundo as instituições, o preparo costuma contar mais que a
experiência profissional.
Sylvia Helena de Barros, 23, diz
que seu objetivo é ser juíza na região Norte do país. Por enquanto,
trabalha em um cursinho -toma
conta de uma sala de estudos. Durante o expediente, diz ela, sobra
até um tempinho para estudar.
"Acabei de me formar e tenho paciência. Vou estudar tanto que
vou acabar passando", afirma.
Segundo o diretor da Faculdade
de Direito da USP, professor
Eduardo Cesar Silveira Vita Marchi, enquanto nas melhores faculdades os alunos são disputados
por grandes empresas, nas demais restaria a opção dos concursos públicos. "Infelizmente há
muita gente despreparada, que
não consegue passar", afirma.
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