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Escritórios se espalham e mudam perfil
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O aumento da competitividade
no mercado jurídico faz as sociedades de advogados crescerem
em número -em média, surgem
no Estado cerca de 70 sociedades
por mês, segundo a OAB-SP- e
em tamanho, ganhando perfil
empresarial, com departamentos
de marketing, recursos humanos,
gestão financeira e qualidade.
Em grandes e médios escritórios, ocorre movimento para formar os chamados "escritórios horizontais": novos sócios, com diferentes especializações, são agregados para que a sociedade possa
atender causas de um maior número de ramos do direito.
Nos pequenos, advogados se
reúnem para dividir clientes e
contas. Ricardo Gaertner, 27, que
era advogado contratado, resolveu abrir uma sociedade com um
colega quando se deu conta de
que dez horas de seu trabalho rendiam ao seu empregador valor
equivalente ao seu salário mensal.
"No mercado de direito, a mais-valia é muito grande. Abrir escritório é difícil, é um período complicado. O importante é planejar."
Segundo o consultor de comunicação jurídica Rodrigo Bertozzi,
os médios escritórios -alguns
até com certificação ISO 9001-
têm chances de prestar um serviço personalizado e podem tomar
clientes dos grandes. "A tendência é ser melhor, não maior."
Com o novo perfil, os escritórios têm procurado profissionais
com a chamada postura proativa:
não têm todas as respostas, mas
sabem encontrá-las. Conhecimentos de áreas como economia
e administração são valorizados.
"Quem sabe administração tem
um "upgrade'", afirma Orlando
Giacomo Filho, 63, presidente da
Comissão das Sociedades de Advogados da OAB-SP.
A advogada Adriana Stamato,
30, que trabalha como consultora
em direito tributário no Amaro,
Stuber e Advogados Associados,
conta que cursou administração e
que chegou a trabalhar como administradora. "Aprendi a me colocar no lugar do cliente, discutir
menos e ir logo para a prática. Em
negócios, não há tempo para
enrolação", avalia ela.
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