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Por lei, firmas qualificam deficientes
DA REPORTAGEM LOCAL
A única inclusão profissional
prevista pela legislação brasileira
hoje -e, portanto, passível de fiscalização pelo Ministério do Trabalho-, é a de portadores de deficiência física. A determinação,
estabelecida por decreto-lei de
1999, exige que empresas com
mais de cem funcionários tenham
de 3% a 5% das suas posições
preenchidas por deficientes.
Ainda assim, a dificuldade de
localizar mão-de-obra qualificada
para o cumprimento das cotas é a
queixa dos empresários.
"Conseguimos cumprir a cota
exigida pela lei, mas o ponto é que
faltam profissionais no mercado",
diz Marcos Valença, da Arvin Meritor. "Vamos desenvolver um
programa para ampliar o número
de portadores de deficiência na
empresa que necessariamente
passará pela qualificação."
A Siemens estreou iniciativa semelhante neste mês, batizada de
Programa de Capacitação Dominó, que visa ampliar o quadro de
colaboradores com a inclusão de
deficientes, qualificando-os antes.
De acordo com a empresa, cerca
de 30 já foram integrados na companhia com o programa, elevando para 107 o número de colaboradores com esse perfil. O objetivo é chegar a 200.
Expandir a inclusão de deficientes também é a primeira meta do
programa de diversidade da
American Express, que, em seguida, pretende emplacar estratégias
para formação e retenção de profissionais negros. "Estamos formatando maneiras de atingir esses objetivos, e as ações devem começar a ser implementadas ainda
neste ano", diz o presidente da
companhia, Hélio Magalhães.
Segundo ele conta, a intenção
está relacionada à captação e ao
desenvolvimento de talentos.
"Conseguimos lidar bem com a
inclusão de mulheres e ganhamos
excelentes profissionais. Podemos fazer isso com outros grupos.
Afinal, é óbvio que os negros enfrentam uma dificuldade para se
inserir no mercado", completa.
Hoje a American Express do Brasil não tem diretores negros.
Já opção sexual é um tema mais
delicado. O assessor cultural C.C.,
29, que vive com um parceiro do
mesmo sexo, diz que não tomaria
parte em um comitê GLBT. "A
discussão é importante, mas não
sei se me sentiria à vontade."
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