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OUTRO LADO
Catho diz que dados copiados eram públicos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O presidente do Grupo Catho, Thomas Case, afirma que a
atuação da empresa não foi ilegal nem antiética. "Os dados
são públicos, não há direito autoral sobre essas informações.
Eles [a Curriculum" não têm
direitos sobre os dados do público. Nós não cometemos nenhuma irregularidade."
Case diz que o processo
é uma tentativa de minar o
mercado conquistado pela Catho. "Nós empregamos [por
meio do site" 26 mil brasileiros
nos últimos 12 meses. Esse
enorme sucesso incomoda a
concorrência", afirma.
Além de se defender, Case
também ataca. De acordo com
ele, a Catho irá estudar a possibilidade de pedir reparação por
danos morais quando o atual
processo por concorrência desleal estiver concluído. "Sem dúvida essa polêmica não faz bem
para a imagem da empresa.
Vamos ver o que fazer sobre isso mais tarde", afirma.
Acesso livre
A base da defesa da Catho nos
tribunais será calcada sobre o
questionamento da propriedade dos dados. "Seu currículo
pode pertencer a você, mas não
à Curriculum", declara Case.
"E nós nunca entramos ilegalmente em nenhum banco de
dados, não "hackeamos", não
"crackeamos" nada. Só copiamos dados abertos", completa.
O aspecto antiético apontado
também é descartado por ele.
"Não há nenhuma questão ética envolvida nisso. E a questão
jurídica é muito clara, não dá
margem a muita discussão. Estamos confiantes quanto a isso", conclui Thomas Case.
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