|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Demitidos tornam-se empregadores
FREE-LANCE PARA A FOLHA
No último ano, Claudemar Rodrigues, 38, passou de desempregado a empregador. Ele trabalhou
durante 17 anos na Volkswagen,
até ser demitido em fevereiro do
ano passado, em um corte no qual
a empresa dispensou cerca de
3.000 funcionários. No mesmo
dia, ele soube que seria pai pela
primeira vez. "Foi um momento
bastante complicado, sofri de
muita angústia", relembra.
Na época, ele só sabia uma coisa: não queria passar por aquele
tipo de situação novamente. Decidiu, então, unir o útil ao agradável: a paixão por animais à abertura de uma "pet shop", na qual trabalham seis funcionários. "Eu estava deprimido. Hoje em dia não
me vejo fazendo outra coisa. Em
termos de satisfação profissional,
estou bem melhor", diz.
A administradora Mônica Rodriguez, 37, também trabalhava
na Volkswagen e perdeu o emprego na mesma ocasião. Hoje, ela
tem uma empresa de cartões personalizados. "Não vou dizer que
foi um mar de rosas, porque não
foi. Ser demitido é muito ruim,
mas eu não cheguei a me sentir
sem identidade, porque já tinha
um projeto em mente", diz.
Segundo um levantamento realizado pela BPI Brasil, 25% dos
profissionais demitidos que participam dos projetos de recolocação profissional da empresa utilizam a experiência acumulada para se tornarem empreendedores.
Cada novo negócio gera, em média, cinco vagas de emprego.
Texto Anterior: Maioria procura emprego de forma errada Próximo Texto: Limites devem ser impostos, mas com moderação Índice
|