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Ações incluem rapel e aula de samba
DA REDAÇÃO
A criatividade vai longe quando
o assunto é propor atividades diferenciadas de treinamento aos
profissionais. As empresas têm
radicalizado. Além de colocar engravatados para fazer rapel, por
exemplo, há quem proponha até
desfile de escola de samba.
Essa foi a tarefa para os funcionários da agência de viagens Carlson Wagonlit Travel. Em um treinamento no mês passado, um
grupo foi levado à quadra da escola de samba Rosas de Ouro com o
propósito de montar um desfile
de Carnaval, desde as alegorias e o
samba-enredo até a apresentação.
A intenção era fazer uma analogia entre o trabalho da escola e seu
único momento de "brilho", o
desfile. "Nossa preocupação foi
enorme. Pensamos que a equipe
poderia não entender o objetivo e
que tudo poderia dar errado.
Pouco antes de começar, até considerei o andamento inadequado,
mas acabou dando certo", lembra
Gregorio Polaino, 35, diretor-executivo de RH e tecnologia.
Como os funcionários só foram
avisados momentos antes de chegar à escola, o susto foi inevitável.
"Sinceramente achei que não daria certo, que eu ia dar vexame. É
algo muito diferente do que estamos acostumados", diz Siderley
Santos, 27, supervisor de atendimento, que ficou na bateria.
No caso de Débora Regina Rodrigues Conceição, 28, coordenadora de desenvolvimento organizacional da Panamco, o medo não
foi o de passar vexame, mas o de
altura mesmo. Levada a um treinamento "outdoor", a atividade
era a verticália (percurso por cima
de copas de árvores). "Cumpri só
a primeira parte da tarefa. Não
pude ir além, era o meu limite."
Segundo Valdenice Sanchez, 31,
diretora da Simbolicah, que organiza treinamentos, esse tipo de
atitude tem de ser encarado naturalmente. "Mas é uma exceção. É
importante que os participantes
saibam que as tarefas são instrumentos de aprendizado. Sozinhas
não têm sentido corporativo."
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