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Limitar horário
é opção para não
provocar dilema
DA REDAÇÃO
Uma maneira de dar aos funcionários benefícios ligados à
qualidade de vida, mas sem
correr o risco de deixá-los em
dúvida sobre se devem ou não
usar o recurso durante o expediente é estabelecer horários
fixos. O Grupo Pão de Açúcar
seguiu essa estratégia.
Há academia e clube de treinamento voltado para o atletismo, por exemplo, mas o funcionário só pode utilizá-los fora de seu expediente.
"Para evitar problemas,
montamos aulas antes do início do trabalho, durante o almoço e após a jornada", afirma
Mônica Regina Peralta, 33,
coordenadora-técnica do Pão
de Açúcar Clube.
"Até pensamos em liberar o
acesso, mas certamente teríamos desperdício de luzes, equipamentos e instrutores em horários de menor utilização.
Nossa proposta é outra: criar
uma rotina de um horário de
repouso na vida do colaborador, assim como o de trabalho", defende Peralta.
Na Merck Sharp & Dohme, a
academia também tem horários restritos, mas a massagem
acontece no meio do expediente. "Fazemos um controle para
saber se a estrutura está sendo
utilizada devidamente. Como a
massagem tem de ser previamente marcada, também há
uma ordem a ser obedecida",
diz Rosimarilane Yonamine,
gerente de recursos humanos.
Coragem
Mas a decisão de usar a estrutura de lazer da empresa em
horário diferente do profissional pode partir do empregado.
A coordenadora de atendimento ao cliente da Johnson &
Johnson, Ana Claudia Schiavon Sanchez, 27, poderia usar a
academia de ginástica da empresa em qualquer horário do
dia. "Mas não tenho coragem.
Não é uma atividade esporádica. O aluno tem de comparecer
com frequência, e eu não conseguiria simplesmente parar o
trabalho e ir para a academia."
Sanchez preferiu marcar suas
aulas antes do expediente. Já
para o shiatsu, ela não tem problemas. "Como as sessões são a
cada 15 dias, não é constante.
Vou durante a tarde numa boa.
Às vezes, até marco com alguns
colegas e vamos juntos", conta.
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