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BENEFÍCIOS
SÓ PARA ELAS
Ascensão do sexo feminino no mercado de trabalho incentiva companhias a criarem "políticas cor-de-rosa" no setor de RH, que incluem instalação de creches, salas para amamentação e salão de beleza
Para mulheres, empresa é uma "mãe"
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Um dos sintomas de que as mulheres vêm ganhando mais terreno nos cargos de comando são algumas mudanças nas políticas de
benefício das empresas. Já se nota,
por exemplo, um aumento no número das que oferecem salão de
beleza. O diagnóstico é do diretor
de produtos da consultoria Roland Berger, Fausto Alvarez.
"O mercado está se adaptando",
afirma. Em São Paulo, as mulheres já ocupam 56% das posições
gerenciais. Como consequência,
surgiram convênios com escolas
para crianças pequenas, flexibilização do horário das mães, programas de amamentação, creches
e berçários dentro das empresas,
para citar as principais iniciativas.
A Natura tem um dos berçários
mais cultuados do mercado. Cada
criança custa à empresa R$ 900 ao
mês, valor que não é repassado à
mãe. O local cuida de 78 crianças
de até quatro anos de idade.
Cerca de 80% das colaboradoras com filhos utilizam o berçário,
e só a minoria usa auxílio-creche
-na maior parte, vendedoras
que atuam fora da sede. As mães
podem deixar o trabalho para
amamentar a cada três horas.
O Senac São Paulo também é reconhecido por seu cuidado especial com as mulheres. Entre seus
benefícios, a instituição oferece
um pacote de casamento com licença de sete dias, aluguel de carro e presente em dinheiro (R$
1.100). "Senti que sou valorizada",
diz Flavia Santana, 29, diretora de
pós-graduação, que, com o dinheiro, comprou uma cama.
Na Avon, o berçário já contabiliza mais de 20 anos. A companhia criou ainda um curso para
gestantes com profissionais de várias áreas prontos para tirar dúvidas das futuras mães. E, se alguma
funcionária tem reunião e se esqueceu de fazer as unhas, o problema é resolvido no quiosque da
manicure, dentro da empresa.
Com uma rede de lojas em várias regiões, o Magazine Luiza
tem dificuldade em manter berçários. A solução foi criar o "cheque-mãe", descrito pela diretora
de RH, Telma Geron, como uma
das iniciativas que mais fazem sucesso. O valor é atrelado à produtividade, com teto de R$ 160.
Uma das idéias mais criativas é
a da Shering-Ploug, que não tem
berçário, mas instituiu, além do
vale-creche, um lactário onde a
mãe pode tirar seu leite com bombinha e guardá-lo em geladeira.
No fim do dia, ela recebe uma bolsa térmica para transportar o leite,
que será consumido enquanto a
mãe trabalha no dia seguinte.
(RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO)
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