|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BENEFÍCIOS
LAZER
Após encerrado o expediente, funcionários têm direito a espairecer no "pub" da empresa, interpretar suas canções favoritas no videokê interno ou fazer um lanche no bistrô instalado ao lado do ambiente de trabalho
"Pub" leva equipe a fazer hora extra
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Ficar na empresa após o expediente não precisa ser sinônimo
de horas extras de trabalho. Para
estimular o entrosamento dos
empregados, algumas companhias montaram locais de verdadeiras "baladas". São restaurantes, quiosques, espaços verdes e
até bares que ficam acessíveis ao
apertar o botão do elevador.
Na Givaudan, foi montado um
"pub" em estilo inglês, junto a
uma sala com jogos e videokê. É
no microfone que o analista de
custos Edison Roberto Bastos Júnior, 43, inspirado no suingue de
Djavan e no romantismo de Roberto Carlos, solta a voz nos finais
de tarde. "Depois do almoço, todos os dias dou uma passada no
"pub", jogo "snooker" e bato papo.
Sexta é dia de cantar", diz.
Mais ao estilo francês, a Embratel montou um bistrô. "Pode ser
visitado no almoço, depois do expediente ou para um café. Quinzenalmente, fazemos um "happy
hour'", conta Joaquim Correia,
56, diretor de RH da empresa.
O "happy hour" também é estimulado na Microsiga. "Temos
um grêmio recreativo que organiza o evento às quintas ou às sextas. O local tem restaurante, bar,
pingue-pongue e bilhar", conta
Flávio Balestrin, 31, diretor de RH.
Sinal amarelo
Se, por um lado, essas iniciativas
incentivam a amizade entre os colegas de trabalho, por outro, há
quem acenda o sinal amarelo.
Além de não arejar a cabeça
com novas idéias e contatos, outro problema em potencial é o limite entre vontade e obrigação de
sair com os colegas.
"[O funcionário] não pode ser
obrigado a comparecer, senão
perde a graça", diz Patrícia Molino, 36, diretora do departamento
de gestão de RH da KPMG.
Pelo menos um dia por semana,
os funcionários da ArvinMeritor,
indústria de peças automotivas,
se reúnem no minicinema montado na empresa para assistir a
um filme e para comer pizza.
No hotel Renaissance, quem faz
aniversário ganha um jantar com
acompanhante no restaurante de
cozinha internacional do hotel.
"O funcionário recebe um convite
e tem 30 dias para comparecer. Só
não é servida bebida alcoólica",
avisa Veridiana Fernandes, 31, diretora de RH da rede Marriott do
Brasil.
(ANDREA MIRAMONTES)
Texto Anterior: Tratamento VIP estimula alta na produtividade Próximo Texto: Difamação e álcool estragam o "happy hour" Índice
|