|
Próximo Texto | Índice
TRABALHO À VISTA
Cruzeiro é opção para embarcar em bons salários
DEPOIMENTOS
PREPARAÇÃO Gisele Carolina de Azevedo
está estudando inglês para tentar uma posição
META Susi Hélen foi garçonete da Carnival
e juntou dinheiro para pagar o curso universitário
FAZ-TUDO Rodrigo Rocha da Silva trabalhou como garçom e enfrentou uma tormenta a bordo
TATIANA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
No próximo dia 26 atraca no
porto de Santos (SP) o primeiro
navio da temporada 2002 de cruzeiros de verão. Também em outros portos do Brasil e do mundo
têm início as rotas de viagem para
destinos quentes -costa brasileira, Caribe e Jamaica, por exemplo-, que oferecem boas oportunidades de trabalho.
Nesse período, as companhias
marítimas realizam processos seletivos para ampliar suas tripulações e atender o grande volume
de turistas. É o momento ideal
para quem tem vontade de atuar
no mar tentar uma vaga.
Há oportunidades para profissionais de diversos níveis -de
auxiliares de cozinha a engenheiros, passando por manicures,
músicos e recreadores.
Os salários são convidativos:
quem fecha um contrato com valores fixos recebe de US$ 500 (ajudante de cozinha) a US$ 4.000
(engenheiro) mensais. Já funções
que envolvem comissão rendem,
em média, US$ 300 semanais.
"Os postos comissionados estão
entre os mais lucrativos. Há barmen que ganham US$ 3.000 mensais", diz Marcelo Toledo, 34, recrutador de tripulantes da agência
MBrazil. Em 2001, a empresa enviou 200 brasileiros para o mar.
Neste ano, o número deve chegar
a 300. "A demanda aumentou."
De acordo com Bráulio Candian, 47, criador da escola Cruise
Training & Consulting, o mercado de trabalho deve crescer.
"Os cruzeiros se popularizaram
nos últimos 12 anos", explica.
Longe do lazer
Outro atrativo da atividade é a
possibilidade de reduzir o custo
de vida, já que, enquanto embarcado, o funcionário não gasta
com hospedagem e alimentação.
Entre as contribuições que a experiência pode agregar à carreira
estão exercitar o idioma inglês,
adquirir noções de outras línguas
e entrar em contato com novas e
diferenciadas culturas.
"Além disso, trabalhar longe do
seu país proporciona mais maturidade emocional, outro ponto
bastante observado pelos selecionadores", comenta Raquel Santana Schiavon Sanches, 34, diretora
da Talento Consultoria.
Mas, para quem pensa que fazer
parte da tripulação de um luxuoso navio de cruzeiro significa turismo e lazer, é bom estar avisado
de que o ritmo é intenso. "Lá dentro, os tripulantes trabalham como camelos", diz Susi Hélen, 19,
ex-garçonete de uma companhia
náutica norte-americana.
Próximo Texto: Solidão e jornada longa são desafios da carreira Índice
|