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VISTO DE CURTO PRAZO
Adaptação da família conta pontos na transferência
Sucesso de expatriação está ligado a políticas de apoio a cônjuge e filhos
IGOR GIANNASI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A falta de adaptação da família do expatriado ao novo país é
uma das principais razões do
fracasso dos programas de
transferência internacional,
aponta estudo da Mercer.
Cônjuges e filhos viraram, por
isso, alvo de atenção das firmas.
Nesse quesito, as políticas de
apoio aos cônjuges de expatriados de corporações norte-americanas e européias estão à
frente das de asiáticas e latino-americanas, avalia Renata Herrera, consultora da Mercer.
Na Europa, elas representam
57,1%, e, nos Estados Unidos,
53,3%. Já na América Latina,
caem para 20%, cerca de metade do percentual referente à
Ásia -39,1%. No total, 45,6%
das companhias consultadas
possuem esses programas.
"Europeus e americanos têm
um grau de maturidade maior
em expatriação", diz Herrera.
Para consultores, a relação
entre o sucesso do trabalho do
transferido a outro país e o
bem-estar familiar é direta.
Isso faz com que as empresas
invistam em benefícios variados, de cursos de idioma e ajuda
na escolha da moradia a inscrição em clubes e obtenção de
documentos.
"É mais barato oferecer isso
do que a expatriação ser abortada no meio do caminho", destaca Andrea Sebben, consultora em psicologia intercultural.
Segundo Ana Cristina Braga
Martes, professora de sociologia da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas), é "impossível
produzir bem se o filho está
mal na escola ou a mulher não
está conseguindo se integrar".
O indiano V. Sankarapandian, 35, diretor de projetos da
TCS, conta que sua mulher,
Sosy, 30, no início não aceitou
bem a mudança para o Brasil.
"Isso me preocupa. Apesar de
estar adaptada, ela ainda não
consegue se comunicar aqui."
Para o casal de americanos
Steve e Nectar Cantu, a comunicação está sendo resolvida
aos poucos com aulas de português oferecidas pela International Paper, onde ele trabalha.
Além de deixar o cargo de
professora, a maior preocupação de Nectar com a mudança
foi a distância das filhas, que ficaram nos Estados Unidos.
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