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Dramaturgo refuta concessões em seu trabalho
FREE-LANCE PARA A FOLHA
"Já passei muito tempo a
Miojo e Tubaína, mas sempre
procurei evitar cair nessa armadilha de fazer coisas que pudessem de alguma maneira afetar o meu trabalho com a desculpa de que as estava fazendo
para garantir a minha subsistência." Quem despreza as concessões é Mário Bortolotto, 41.
O ator, diretor, dramaturgo e
escritor paranaense é hoje um
dos nomes mais comentados
da cena teatral paulistana.
Dois textos seus devem ser
produzidos pelo ator Raul Cortez. O Cemitério de Automóveis, grupo do autor, foi duas
vezes selecionado pela Lei de
Fomento, o que garantiu certa
estabilidade ao núcleo na primeira fase do projeto -sem
vínculos empregatícios, cada
profissional recebeu um reparte igualitário de R$ 1.050 por
mês de trabalho. Com a verba
obtida, foi também arrendado
um teatro, onde foram encenadas 16 peças em 2003.
"Hoje consigo pagar o aluguel, sustentar-me. Isso me dá
tranquilidade para trabalhar."
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