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HISTÓRICO PROFISSIONAL
Dedicação em excesso afeta a vida pessoal
Paula Mordo, 24, presidente de uma empresa de
eventos, cruzou os limites do
"workaholism", mas soube
parar na hora certa. Há dois
anos, ela entrou num círculo
vicioso: começava a trabalhar às 9h e não tinha hora
para acabar. Às vezes, parava às 5h do outro dia.
"Acordava e já ia para o
computador, nem tomava
café da manhã", conta. "Minha vida era o trabalho",
afirma ela. Acabou desenvolvendo síndrome do pânico. Aos 22 anos, tinha de tomar antidepressivo e dois
calmantes por dia. Foi aí que
resolveu "pisar no freio".
Ficou dois meses sem trabalhar. "Fui procurar ajuda
profissional e me reequilibrei. Hoje tenho mais qualidade de vida", conta.
Inspiração
Roberto Stern, 44, diretor
de criação do grupo H.
Stern, recusa o rótulo de
"workaholic", mas confessa
que, muitas vezes, não diferencia prazer de trabalho.
"Minha parte mais criativa
se manifesta quando estou
no lazer. Em Búzios [RJ], fotografei a rua das Pedras para inspirar uma pulseira."
"Trabalho muito por e-mail e, dependendo do assunto, não sei se é trabalho
ou prazer", afirma Stern,
adepto confesso da doutrina
do sociólogo italiano Domenico De Masi -que "trabalha muito e, paralelamente,
prega o ócio criativo".
Stern costuma gastar os
domingos lendo revistas, de
onde tira idéias para suas
empresas. "Acordo cedo,
mesmo quando vou dormir
tarde no sábado. Aí folheio
algumas revistas e faço anotações de vários temas", diz.
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